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Com tarifaço de Trump contra o Brasil, Ibovespa cai pela terceira sessão consecutiva

Dólar comercial sobe 0,72%, para R$ 5,543; ações da Embraer foram as mais afetadas

Por Redação 10 jul 2025, 18h35

O Ibovespa, índice de referência da Bolsa brasileira, chegou a sua terceira queda consecutiva, encerrando o pregão com uma desvalorização de 0,54%, aos 136.743 pontos. O recuo é consequência do anúncio, realizado ontem pelo presidente americano, Donald Trump, de que seu país adotará uma tarifa de 50% sobre as importações provenientes do Brasil a partir de 1º de agosto. No mercado de câmbio, o dólar comercial subiu 0,72%, cotado a 5,543 reais.

O período de maior volatilidade se deu na abertura dos negócios, com a Bolsa caindo mais de 1% e o dólar batendo a máxima de 5,621 reais.

Com os investidores calculando quais os efeitos reais da decisão de Trump, caso ela entre em vigor de fato, a desvalorização dos ativos brasileiros foi perdendo força. O motivo é a avaliação de que o republicano criou, para si, a reputação de recuar de decisões contundentes, o que alimenta a expectativa dos investidores de um desfecho semelhante para o Brasil.

Assim, , o impacto maior se concentrou nos papéis de empresas que exportam para os Estados Unidos. “A Embraer é a empresa com maior exposição potencial, caso tenha que absorver integralmente a tarifa de 50%, sem repassar ao consumidor. Outras companhias com menor exposição são Suzano, WEG, CBA, Alpargatas, Minerva, Jalles, Tupy e outras”, afirmam os analistas da XP Investimentos em relatório enviado a clientes.

Os papéis da Embraer (EMBR3) chegaram a cair mais de 8%, mas fecharam o pregão cotados a 75,32 reais, recuo de 3,70%. A principal aeronave da companhia exportada para o mercado americano é o jato executivo Praetor, que tem entre 55% e 60% da fabricação feita no Brasil. O restante é concluído no estado americano da Flórida. No modelo Phenom, até 40% da montagem é realizado nas instalações no Brasil, o que também deve ser levado em conta na hora de calcular o potencial impacto para a fabricante de aviões.

A queda foi amenizada pela expectativa de investidores de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá rever essa alíquota. “O entendimento predominante é de que a taxação não deve ser lida como definitiva, mas sim como um instrumento de barganha dentro da retórica de força adotada por Trump”, segundo avaliação da Ativa Research.

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