Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Com tom mais duro, Copom condiciona novos cortes à trajetória da inflação

Segundo analistas, autoridade monetária ainda deixa em aberto a possibilidade de uma nova redução, mas acompanha de perto a trajetória de desinflação

Por Juliana Machado Atualizado em 9 Maio 2024, 08h46 - Publicado em 9 Maio 2024, 08h34

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central adotou um tom ainda mais duro e cauteloso na decisão de quarta-feira, 8, quando reduziu a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual, para 10,5% ao ano. Segundo economistas, a autoridade monetária ainda deixa em aberto a possibilidade de um novo corte nas próximas reuniões, mas isso dependerá ainda mais da trajetória de desinflação no Brasil e no exterior.

Segundo Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital, o comunicado veio “cautelosamente hawkish”, isto é, menos inclinado a novos cortes, e a decisão sem unanimidade mostra que o comitê promoveu uma discussão equilibrada.

Para os próximos encontros, a autoridade deve manter a cautela e a continuidade do ciclo de redução da Selic vai depender da ancoragem das expectativas para a inflação. “Embora tenha decidido por uma redução da taxa de juros, o BC enfatiza a importância de manter a política monetária contracionista para consolidar a desinflação e a ancoragem das expectativas”, disse Moura.

Para Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, além da divisão entre os membros do comitê pelo corte de 0,25 pp, chama a atenção a preocupação com a frente fiscal no Brasil, com o Copom deixando claro que está acompanhando os desdobramentos da política desenhada pelo governo. “Ele ressalta que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação”, afirma.

Continua após a publicidade

Alguns economistas também destacam que, a partir de agora, a política monetária brasileira entra em nova etapa. Isso porque, além da retirada do indicativo para os próximos passos, houve uma maior ênfase no acompanhamento de dados futuros para dar o devido direcionamento ao juro básico da economia. Segundo Helena Veronese, economista-chefe da B. Side, isso não significa que o Copom necessariamente abrirá mão de novas reduções da Selic, mas o tom de cautela deve predominar de agora em diante.

“O BC enfatizou o lento processo de desinflação nos Estados Unidos e suas consequências para as economias emergentes. Aqui nos parece claro que o recado é: quanto mais juros lá, mais juros aqui”, diz.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

2 meses por 8,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.