O comércio varejista do Estado de São Paulo continua cortando empregos. Só nos últimos doze meses foram eliminadas 30.797 vagas com carteira assinada, segundo levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Em março, o varejo dispensou 9.949 funcionários, no quarto mês consecutivo de redução da mão de obra. Em março de 2017 a situação era um pouco pior: 13.277 empregos com carteira assinada foram cortados.
Para a Fecomercio, o estancamento da retração do mercado de trabalho se dá de forma bastante lenta e evidencia a crise de empregabilidade que o setor vivencia.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas farmácias e perfumarias (2%) e supermercados (1%) apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016.
Os piores desempenhos foram registrados nos segmentos de concessionárias de veículos (-4,9%), lojas de vestuário, tecidos e calçados (-4,4%) e lojas de móveis e decoração (-4,2%).
Por ocupações, os maiores cortes foram verificados entre vendedores e demonstradores (-3.118 vagas) e caixas bilheteiros e afins (-1.098 vagas).
A FecomercioSP diz que a recuperação do mercado de trabalho se dará apenas quando houver uma reação mais consistente das vendas do setor.