Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Como a privatização pode salvar a Eletrobras

O repasse do controle da estatal para o setor privado colocará fim ao histórico de uso político de sua estrutura, e permitirá que ela ganhe eficiência

Por Bianca Alvarenga Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 ago 2017, 07h40

Duas décadas atrás, o governo decidiu privatizar a Gerasul, uma estatal de energia do sul do Brasil. Na ocasião, seus ativos equivaliam a 5% do valor de mercado da Eletrobras, da qual fazia parte. A Gerasul foi adquirida em 1998 pela francesa Tractebel, que a transformou ao longo dos anos, graças a uma gestão profissional e livre de interferência política, na mais valiosa empresa do país no setor elétrico. Hoje a Engie (novo nome da companhia da Gerasul) vale uma Eletrobras e meia, ainda que sua capacidade de geração seja apenas 20% da que a estatal possui. O caso ilustra o monumental potencial de produção de riqueza quando as amarras e a corrupção são excluídas da equação. É por essa razão que deve ser saudada com fogos de artifício a decisão do governo de Michel Temer de privatizar a Eletrobras.

Ao longo de sua história, mas em particular nas duas últimas décadas, a estatal foi vítima do loteamento de seus cargos e de decisões políticas que se sobrepuseram aos argumentos técnicos e aos interesses da população. A consequência é que, apesar de ter ações na bolsa, a Eletrobras raramente contou com o voto de confiança de investidores. No dia seguinte ao anúncio da privatização, porém, suas ações deram um salto de quase 50%: o valor da estatal subiu de 20 bilhões para 29 bilhões de reais, o que dá mostra da enorme promessa de crescimento que os investidores enxergam na companhia.Espécie de Petrobras do setor elétrico, a Eletrobras produz um terço de toda a energia consumida no país e administra metade das linhas de transmissão. A companhia é sócia das maiores usinas hidrelétricas do país, de Itaipu, construída nos anos 70, a Belo Monte, que acaba de entrar em operação. E é dona de estatais estratégicas, como Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul.

Esse colosso, que é a maior empresa de energia elétrica da América Latina, está nas mãos do governo, que tem 51% das ações com direito a voto. Embora positivo, o plano de venda anunciado na semana passada destoa do modelo tradicional de privatização, em que leva a empresa quem oferece o maior valor em um leilão. A Eletrobras vai vender novas ações na bolsa, sem a participação do governo. O efeito será de diluição da fatia do Estado, que deixará de ter o controle.

Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android.

Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.