Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Como a proposta de reter o FGTS pode afetar seu bolso

Para o setor da construção civil, o problema do seguro desemprego é a má gestão do FAT

Por Da redação
Atualizado em 23 jun 2017, 20h46 - Publicado em 23 jun 2017, 20h20

O estudo do governo de reter o pagamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para bancar o seguro-desemprego foi duramente criticado por representantes de trabalhadores. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que existem estudos dentro do governo que preveem o uso do FGTS para economizar com o pagamento do seguro-desemprego

Para a Força Sindical, essa medida representa um confisco. “Não podemos permitir que o trabalhador tenha seu dinheiro retido justamente quando mais precisa, ou seja, quando desempregado. A ideia demonstra uma total e clara falta de sensibilidade social por parte dos tecnocratas do ministério”, afirma o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), presidente da central sindical.

Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (CBIC ), José Carlos Martins, essa proposta não faz o menor sentido. “Não dá para acreditar que se trabalhe com essa possibilidade dentro do governo.”

Hoje, os trabalhadores demitidos sem justa causa podem sacar 100% dos recursos depositados no FGTS assim que dão baixa na carteira. Em seguida, podem entrar com pedido para receber o seguro-desemprego.

O valor do seguro-desemprego e a quantidade de parcelas a serem depositadas varia de acordo com o último salário e tempo trabalhado. São pagas até cinco parcelas de até 1.643,72 reais.

Continua após a publicidade

O estudo do governo prevê parcelar o pagamento do FGTS em até três vezes. Os valores mensais seriam equivalentes ao último salário, segundo reportagem do jornal O Globo. Passado esse período, se o trabalhador não conseguir arrumar outro emprego, ele poderia sacar todo o dinheiro do FGTS.

Dessa forma, o governo economizaria com o pagamento das três primeiras parcelas do seguro-desemprego, já que neste período o demitido receberia o FGTS parcelado.

Para Rodolfo Torelly, representante da Força Sindical no grupo Técnico do FGTS, essa medida não cobriria o rombo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), responsável pelo pagamento do seguro-desemprego. “Com essa medida, o governo vai retardar o saque do seguro e gerar um gap de vantagem de 7 a 8 bilhões de reais. É uma vantagem apenas em um primeiro momento, porque depois os pagamentos e gastos entram em um fluxo que se torna normal.”

Continua após a publicidade

Martins, da CBIC, diz que esse estudo evidencia a má gestão do FAT. “O governo quer usar o dinheiro do FGTS, que é bem gerido, para consertar a má gestão do FAT.”

Na opinião dele, o FGTS corre um grande risco se passar a ser usado dessa forma. “O maior risco é faltar dinheiro para habitação e isso sim pioraria a situação econômica do país, gerando desemprego.”

Segundo ele, o saldo do FGTS já foi afetado por medidas recentes do governo, como pagamento de contas inativas, distribuição de rendimentos a correntistas e crédito consignado. “Daqui a pouco não vai ter para casa própria e isso sim vai ser um problema.”

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.