Como a ‘teoria das baratas’ derruba bolsas e amplia cautela nesta sexta-feira
Sinal de fragilidade entre empresas leva investidores à cautela após alerta do CEO do JP Morgan e renova temores de crise no sistema financeiro internacional
O CEO do banco JP Morgan, Jamie Dimon, alertou nesta semana para o risco de contaminação do mercado financeiro por baratas. Trata-se de uma metáfora, claro. Ele afirmou que, quando investidores encontram alguma empresa com problemas financeiros, é provável que existam também outras. Nunca é só uma barata, mas sim o indicativo de que há lixo acumulado em algum lugar.
O mercado financeiro ligou, então, o modo alerta principalmente para dívida de empresas. Não sem razão: dois bancos regionais dos Estados Unidos, cujo sistema financeiro é extremamente capilarizado, declaram estarem enfrentando problemas com empréstimos, em algo que pode ser ligado a fraudes.
O risco se espalha para outros mercados, inclusive o de ações, uma espécie de instrumento de defesa. Nisso, os futuros das bolsas americanas começam o dia em queda acentuada e vão arrastando os demais mercados. O Brasil não deve escapar do peso do exterior: o EWZ, fundo que representa ações brasileiras nos EUA, recua 1,44% no pré-mercado.
Isso em um dia fraco de notícias no campo econômico. Os EUA seguem sob shutdown, enquanto encerram-se as reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington. Na Europa, o destaque foi a inflação da zona do euro, que subiu a 2,2% ao ano, ainda próxima da meta de 2% do Banco Central Europeu.
Agenda do dia
6h: Zona do euro divulga CPI final de setembro
11h: STF julga desoneração da folha de pagamento
13h15: Alberto Musalem (Fed/St. Louis) participa de evento do IFF
EUA: Reuniões anuais do FMI e Banco Mundial
EUA: Trump se reúne com Zelesnky
Balanços
Antes da abertura: American Express
Esta é a versão online da newsletter de ‘VEJA Negócios – Abertura de mercado’ enviada hoje. Quer receber a newsletter completa, apenas para assinantes, amanhã? Cadastre-se aqui!
Os fatos que mexem no bolso são o destaque da análise no programa Mercado:







