O preço da gasolina na refinaria acumulou uma alta de mais de 10% nos primeiros dias de setembro. Uma opção para quem precisa economizar é encher o tanque do carro com álcool.
Mas como o preço do álcool também vem subindo, é preciso fazer algumas contas para saber qual combustível é mais vantajoso do ponto de vista financeiro. Para valer a pena, o preço do litro do álcool não pode ultrapassar 70% do valor da gasolina. Calculadora da VEJA faz a conta (clique aqui).
Clayton Barcelos Zabeu, professor do Instituto Mauá de Tecnologia e engenheiro do centro de pesquisas da divisão de motores e veículos, diz que esse cálculo leva em conta o consumo de combustível do veículo. “O álcool acaba consumindo mais.”
Mas ele diz que o preço não é o único fator a ser considerado na hora de escolher o tipo de combustível. “É preciso analisar o perfil de cada motorista. Se dirige em cidade de serra ou congestionada, acaba solicitando mais do motor do carro, o que aumenta o consumo de combustível. . O ciclo de condução real do veículo varia de motorista para motorista.”
Zabeu sugere que o motorista simule o mesmo trajeto abastecendo com os dois tipos diferentes de combustível. Exemplo: 50 litros de gasolina em um dia e 50 litros de álcool em outro. Depois avalia quantos quilômetros o carro rodou com cada um. “Como exemplo, se na rota usual o motorista anda 500 quilômetros com gasolina e 400 quilômetros com álcool, a relação de consumo é de 10km/l para 8km/l. Então, se o preço do litro do etanol estiver abaixo de 80% do preço da gasolina, é mais vantagem abastecer com etanol. Se a relação de preços ficar exatamente em 80% nesse caso, empatou.”
O professor dá algumas dicas para o motorista reduzir o consumo de combustível:
- Evite aceleradas bruscas
- Tente antecipar a troca de marcha
- Não carregue peso desnecessário no carro