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Como o fortalecimento do setor de serviços pode influenciar os juros

BC vem pontuando a sua preocupação com o setor como um dos principais aspectos para o menor espaço para reduções da taxa Selic

Por Juliana Machado Atualizado em 4 jun 2024, 09h47 - Publicado em 4 jun 2024, 09h47

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, divulgados nesta terça-feira, 4, mostram que o setor de serviços segue fortalecido, confirmando uma das maiores preocupações do Banco Central e um dos elementos mais importantes para que a taxa básica de juros tenha espaço limitado para novas quedas.

Mais cedo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o PIB do Brasil cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao último trimestre de 2023 e 2,5% frente ao primeiro trimestre do ano passado. Em ambos os casos, o segmento de serviços, com as atividades de informação e comunicação e comércio, foi o maior responsável pelo resultado positivo.

Os dados do PIB na comparação trimestral vieram em linha com as estimativas de analistas, enquanto os números na base anual mostraram um resultado ligeiramente acima do esperado.

Em seus comunicados e atas de decisões de política monetária, o BC vem pontuando a sua preocupação com o setor de serviços como um dos principais aspectos para o menor espaço para reduções da taxa Selic. Isso se deve ao fato de que uma economia aquecida tem efeitos inflacionários — e um segmento de serviços mais forte representa uma inflação de serviços potencialmente maior. A inflação no segmento é, inclusive, um dos pontos de maior atenção para o BC.

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Para se ter uma ideia, no comunicado da última decisão de política monetária do BC, o órgão citou alguns fatores de risco para seus cenários de inflação, sendo um deles “uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado”. Desse modo, cresce a expectativa entre participantes do mercado de que o espaço para novos cortes de juros seguirá limitado, com uma Selic terminal mais próxima de 10% e com menos espaço para o retorno ao nível de um dígito, como esperado anteriormente.

Para Anna Reis, economista-chefe da Gap Asset, o segmento de consumo das famílias também é um destaque na divulgação do PIB de hoje, com um mercado de trabalho muito aquecido, endossando “a tendência subjacente da economia de continuar seguindo bem”. Ela comenta que poderá revisar para cima suas previsões para o PIB do ano, mais perto dos 2,5%.

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