Como vai funcionar a parceria da Nestlé e da Enel para produzir energia eólica
Empresas vão criar três consórcios para abastecer cinco fábricas da Nestlé em diferentes regiões do Brasil
A Nestlé Brasil e a Enel Brasil anunciaram uma parceria para criar três consórcios de produção de energia eólica, para abastecer cinco fábricas da Nestlé em diferentes regiões do Brasil.
O contrato assinado prevê a construção de usinas eólicas no complexo Cumaru, no Rio Grande do Norte, que serão operadas pela Enel Green Power, divisão de energias renováveis do Grupo Enel.
A Nestlé terá uma participação de 40% a 47% em cada usina. Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil, afirmou que a iniciativa vai melhorar as operações da empresa e reduzir o desperdício de recursos. A Nestlé já utiliza energia renovável em suas fábricas desde a década de 1980 e, desde 2017, todas suas unidades são abastecidas exclusivamente por energia elétrica renovável.
Melchior destacou que diversificar as fontes de energia é importante para a empresa alcançar a meta de neutralidade de carbono (NetZero) até 2050. A autoprodução permitirá maior previsibilidade nos custos e melhor gestão dos recursos. “Nosso compromisso com a sustentabilidade não termina aqui; continuaremos a inovar”, afirmou o executivo em nota.
A energia vai alimentar as fábricas da Nestlé localizadas nos estados de São Paulo (nas cidades de São José do Rio Pardo e Ribeirão Preto), Espírito Santo (em Vila Velha) e Minas Gerais (nos municípios de Ibiá e Ituiutaba). A Enel Green Power será responsável pela operação dos parques eólicos. A operação recebeu aprovação do CADE e está aguardando o aval final da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A previsão é que as cinco fábricas comecem a receber energia eólica gerada pelas usinas do consórcio a partir de 2025.
Antonio Scala, CEO da Enel Brasil, ressaltou, em nota, a importância da parceria para aumentar o uso de energia limpa no país. Ele destacou que o acordo reforça o compromisso das empresas com a sustentabilidade e representa um avanço na transição energética e na diversificação das fontes renováveis no Brasil.