A Petrobras informou nesta quarta-feira, 16, que recebeu carta de renúncia do geólogo John Forman à sua indicação ao conselho de administração da companhia. Forman havia sido um dos três nomes apontados pelo governo Bolsonaro para assumir vagas abertas no colegiado. Em 2016, Forman foi condenado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por se beneficiar de informações privilegiadas para vender ações.
Segundo o comunicado da companhia, Forman agradeceu o convite para participar do conselho e informou que as razões para tal decisão são de ordem pessoal, “visando a evitar qualquer tipo de constrangimento ou problema para a companhia, considerando as notícias veiculadas na imprensa, desde a sua indicação, sobre condenação em processo na CVM, que se encontra atualmente em discussão no Judiciário”.
Forman foi conselheiro da companhia petroleira HRT (atualmente PetroRio) entre 2009 e 2012. Em setembro de 2016, foi condenado pela CVM a pagar multa de 338,50 mil reais por uso de informações privilegiadas na venda de ações da companhia antes da divulgação de notícias negativas em 2013. O valor da punição equivale a duas vezes o ganho com a venda das ações.
Segundo a CVM, a venda de ações foi feita antes da divulgação de fato relevante com resultados negativos de um poço na Namíbia. “Somente a ciência dos resultados preliminares do poço de Murombe-1 poderia justificar a alteração repentina no comportamento de John Forman, que atuou na direção contrária daquela que vinha atuando, admitindo vender ações por preço inferior ao praticado naquele momento no mercado”, disse a CVM em comunicado na época da condenação.