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Consumo das famílias deve sustentar serviços, mas tendência é de desaceleração

O volume de serviços registrou uma queda de 0,4% em agosto, informou o IBGE

Por Camila Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 out 2024, 12h44 - Publicado em 11 out 2024, 12h43

Os números do setor de serviços em agosto indicam desaceleração do ritmo de crescimento do país, embora o consumo das famílias ainda esteja surpreendendo positivamente, avaliam economistas.

Em agosto, o volume de serviços registrou uma queda de 0,4%, de acordo com dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 11. O resultado ficou abaixo da expectativa do mercado, que previa um crescimento de 0,1% no mês. Apesar do recuo, o setor acumula uma alta de 2,7% no ano.

O destaque positivo foi o avanço de 0,8% nos serviços prestados às famílias, impulsionado pelo mercado de trabalho aquecido, com crescimento no número de empregados e na renda dos trabalhadores.

Apesar disso, a expectativa é de que o setor de serviços enfrente um esfriamento nos próximos meses. “A tendência é de uma acomodação do crescimento, com alguma possibilidade de avanço maior daqueles segmentos relacionados ao consumo das famílias”, diz Rafael Perez, economista da Suno Research.

Segundo a equipe econômica do C6 Bank, os números da indústria, comércio e serviços em julho e agosto indicam uma desaceleração no ritmo de crescimento do país, embora ainda demonstrem alguma resiliência. Isso sustenta projeções de um terceiro trimestre com crescimento positivo. O banco projeta que o PIB do período subirá 0,6%, abaixo da expansão de 1,4% registrada no segundo trimestre.

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“Acreditamos que a atividade seguirá perdendo tração, já que fatores que impulsionaram a economia no primeiro semestre, como os estímulos fiscais, deixarão de contribuir positivamente para o PIB”, aponta Claudia Moreno, economista do banco. Para o acumulado de 2024, a previsão do C6 Bank é de um crescimento de 3%, com desaceleração para 1,2% em 2025.

Os sinais de desaceleração podem afetar também as expectativas para a movimentação da Selic, segundo Rodrigo Simões, economista e professor da Faculdade do Comércio. “Os dados indicam que a manutenção das taxas de juros elevadas já começa a frear a atividade econômica”, afirma. “Isso serve de alerta para que o BC reavalie, em breve, a meta da taxa de juros para uma possível redução”, complementa.

Simões avalia que, apesar da inflação persistente, o núcleo do IPCA (que exclui itens voláteis como alimentação e energia) está sob controle, o que justificaria uma pausa no aumento dos juros. O IPCA teve alta de 0,44% em setembro, após leve deflação de 0,02% em agosto. Já o núcleo do indicador desacelerou de 0,24% para 0,22%. No acumulado de 12 meses, o IPCA sobe 4,42% enquanto o núcleo avança 3,81%.

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