As contas de luz de abril vão incluir a bandeira vermelha em abril, informou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta sexta-feira. Isso significa o que vai haver a cobrança de taxas extras para todos os consumidores do país.
Com a bandeira vermelha, que será aplicada em seu primeiro patamar, serão adicionado 3 reais a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos.
O sistema de bandeiras é atualizado mensalmente pela Aneel, que avalia a situação dos reservatórios em todo o país para tomar uma decisão. Em março, as chuvas já tinha ficado abaixo das expectativas, o que levou à necessidade de acionar mais termelétricas para abastecer o país.
Na avaliação da agência, a situação se agravou. A preocupação agora é poupar água nos reservatórios para garantir que não haja escassez depois do fim do período chuvoso. Para guardar essa água, é necessário ligar mais usinas termelétricas.
Há mais de um ano a bandeira vermelha não era acionada. O recurso ficou acionado durante todo o ano de 2015 e janeiro e fevereiro de 2016. De lá para cá, as contas mensais oscilaram entre bandeiras verdes e amarelas.
A bandeira vermelha possui dois patamares de cobrança. Quando o custo das termelétricas ligadas supera 422,56 reais por megawatt-hora (MWh), a Aneel utiliza o primeiro patamar da bandeira vermelha, que adiciona entre 3 reais a cada 100 kWh consumidos. Se o valor for superior a 610 reais por MWh, o sistema atinge o segundo patamar da bandeira vermelha, cujo acréscimo é de 3,50 reais a cada 100 kWh.
Em março, esse custo ficou entre 211,28 reais por MWh e 422,56 reais por MWh, nível em que é aplicada a bandeira amarela, que adiciona 2 reais para cada 100 kWh consumidos.
De dezembro a fevereiro, havia vigorado a bandeira verde, sem nenhuma cobrança adicional na conta de luz, porque o custo das térmicas acionadas ficou abaixo de 211,28 reais por Mwh.