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Copom alerta que pode retomar alta da Selic, se inflação seguir acima da meta

Diretoria do Banco Central segue incomodada com as expectativas de inflação acima do centro da meta de 3%

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 set 2025, 08h44

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pode retomar o ciclo de alta da taxa básica de juros, a Selic, caso as projeções de inflação sigam acima da meta de 3%. O alerta consta na ata da última reunião, divulgada nesta terça-feira, 23. Na semana passada, o colegiado do BC votou por unanimidade para manter a Selic em 15% ao ano. “O Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de alta se julgar apropriado”, afirma o BC na ata publicada hoje.

Segundo o documento, o balanço de riscos continua empatado com três fatores que podem elevar a inflação contra outros três fatores que tendem a trazê-la para o centro da meta. Entre as pressões de alta, o Copom cita uma desancoragem das expectativas de inflação por mais tempo que o esperado, maior resiliência da inflação de serviços, e uma conjuntura interna e externa que elevem os preços. Entre os fatores que contribuiriam para a queda das expectativas de inflação, estão uma eventual desaceleração da economia em ritmo maior que o previsto, uma desaceleração da economia global mais intensa, decorrente da guerra tarifária lançada pelos Estados Unidos, e uma redução no preço das commodities.

De todos os elementos analisados na reunião do Copom dos dias 16 e 17 de setembro, dois são citados com mais frequência na ata divulgada hoje. O primeiro é a permanência das projeções de inflação acima do centro da meta. A diretoria do BC lembra que “as expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 4,8% e 4,3%, respectivamente”. Por isso, o colegiado do BC afirma na ata que “a desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida”.

O segundo elemento recorrente no texto divulgado hoje é a inflação de serviços, que segue forte e é relativamente imune à política monetária. Isto, porque os preços dos serviços dependem mais da renda do que do crédito. “A inflação de serviços tem se mantido mais resiliente, respondendo a um mercado de trabalho que segue dinâmico e a uma atividade que tem apresentado moderação gradual.”

Ainda assim, o BC enxerga sinais de que sua estratégia de combate à inflação começa a dar resultados. Na ata, a instituição afirma que “a conjuntura de atividade econômica doméstica segue indicando certa moderação no crescimento. Tal conjuntura traz maior convicção de que o cenário delineado pelo Comitê está, até agora, se concretizando. (…) O Comitê avalia que, apesar dos sinais mistos, os sinais advindos da demanda e da atividade econômica até aqui sugerem que o cenário se desenrola conforme esperado e compatível com a política monetária em curso. “

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