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Copom mantém Selic em 6,5% após primeira reunião com novo presidente do BC

Baixo desempenho da economia brasileira e controle da inflação levaram à manutenção da taxa básica de juros

Por André Romani Atualizado em 20 mar 2019, 21h23 - Publicado em 20 mar 2019, 18h12

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, após reunião nesta quarta-feira, 20, por manter a taxa de básica de juros do país, a Selic, em 6,5%. A decisão já era esperada pelo mercado e mostra cautela do BC quanto ao desemprenho econômico do país. Foi a primeira reunião do comitê comandada por Roberto Campos Melo, o novo presidente da instituição.

O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019 e, com peso gradualmente crescente, de 2020″, justificou, em nota, o Copom.

A taxa de 6,5%, atingida em março do ano passado, é a mais baixa da história. Essa é a oitava reunião consecutiva com manutenção desse percentual.

A Selic é a taxa básica de juros definida pelo governo, e que serve de referência para diversas outras taxas da economia. Ela é redefinida ou mantida a cada 45 dias em encontros dos integrantes do Copom, grupo formado por diretores e o presidente do Banco Central. A decisão leva em conta diversos fatores, como a inflação e o desempenho da economia brasileira.

A decisão é reflexo de um desempenho baixo da economia e de uma inflação controlada. Além disso, na reunião anterior, o órgão sinalizou que esperaria algum desfecho mais concreto da reforma da Previdência para realizar uma mudança, o que ainda não ocorreu. “Como a economia já está muito fraca e limitada, manter como está não tem um impacto muito significativo”, afirma Michael Viriato, coordenador do Laboratório de Finanças do Insper.

Segundo o comunicado do Copom, a diminuição da taxa de juros é uma questão que “demanda tempo”.  “O Comitê julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, com menor grau de incerteza e livre dos efeitos dos diversos choques a que foi submetida no ano passado.”

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Cenário econômico

Além disso, de acordo com Daniel Cunha, estrategista-chefe da XP Investimentos, pouco mudou a situação na atividade econômica, no cenário externo e na situação política do país, principalmente influenciada pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do sistema previdenciário. “O conjunto de dados que tivemos desde a ultima reunião não é muito diferente. Esses três fatores de risco não tiveram mudança significativa”, disse ele.

O fato dessa ser a primeira a reunião presidida por Campos Neto, também influenciou na decisão. Campos foi empossado há menos de um mês, no dia 28 de fevereiro e ainda não fez comunicados ao mercado. “Ele acabou de assumir o cargo e eventualmente não se comunicou com o mercado. O ideal seria mesmo ele não fazer nenhum movimento brusco, de alteração de taxa de juros”, afirma Viriato.

Pensando no futuro, a tendência é que ocorram novas manutenções ou quedas. “O cenário tende a ir em um sentido de aumentar a probabilidade de um corte da Selic, porque o conjunto de dados que tivemos, apontam para uma atividade mais fraca do que se esperava”, diz Cunha. A previsão do Produto Interno Bruto (PIB) foi revista no início dessa semana, caindo de 2,28% para 2,01%, segundo o boletim semanal Focus, do Banco Central.

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