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Copom sobe juros pela quinta vez seguida e Selic vai a 14,25% ao ano

O aumento de 1 ponto percentual já era esperado pelo mercado financeiro e havia sido indicado pelo próprio comitê no último comunicado

Por Camila Pati Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 mar 2025, 19h57 - Publicado em 19 mar 2025, 18h41

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira 19 elevar pela quinta vez seguida a taxa básica de juros, levando a Selic para 14,25% ao ano. É o maior patamar desde 2016, auge da crise do governo de Dilma Rousseff. A decisão de alta de 1 ponto percentual na taxa foi unânime e seguiu a indicação dada pelo comitê na ata da reunião de janeiro. No comunicado desta noite, o Copom prevê ainda que pode fazer mais um ajuste menor na taxa de juros na próxima reunião, indicando a permanência do ciclo de aperto monetário.

O aumento de 1 ponto percentual já era esperado pelo mercado financeiro e havia sido indicado pelo próprio comitê no último comunicado divulgado pela diretoria, apontando para a possibilidade de mais uma alta de juros, caso o cenário projetado se confirmasse.

O Copom afirma que o cenário externo exige cautela e que no cenário doméstico o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, “ainda que sinais sugiram uma incipiente moderação no crescimento”. O comitê também avalia que a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação e novamente apresentaram elevação nas divulgações mais recentes e cita a desancoragem das expectativas.

“As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus elevaram-se de forma relevante e situam-se em 5,7% e 4,5%, respectivamente”. Nos últimos 12 meses, a inflação registrou avanço de 5,06%, resultado superior à margem de tolerância de 1,5 ponto percentual da meta de 3% de inflação ao ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

“Essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz o comunicado do Copom.

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Em relação aos próximos passos, o comitê afirma que, se confirmado o cenário esperado,  deve fazer um ajuste de menor magnitude na próxima reunião e também deixou em aberta a possibilidade de mais altas na Selic. “Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.”

Votaram pela decisão Gabriel Muricca Galípolo (presidente do BC), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

 

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