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Coronavírus: PIB de 2020 deve cair cerca de 3%, projeta mercado financeiro

De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda, economia deve contrair 2,96% no período; analistas preveem novo corte na Selic

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 abr 2020, 09h02 - Publicado em 20 abr 2020, 08h43

Analistas do mercado financeiro reduziram, pela décima vez seguida, a previsão para a economia brasileira em 2020. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 deve contrair -2,96% de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central. Esta é quarta edição seguida do Focus que economistas preveem recessão na economia brasileira. Na semana passada, a estimativa era de contração de 1,96% ao fim de 2020.

No início do ano, quando a pandemia do coronavírus estava concentrada na China e não se sabia ao certo quando e como chegaria ao Brasil, os especialistas estimavam crescimento econômico para este ano na casa dos 2,3%. A recessão do PIB brasileiro não ocorre desde 2016, ano do impeachment de Dilma Rousseff, quando a economia caiu 3,3%. Nos últimos três anos, o crescimento tem sido na casa de 1%, sendo 1,3% em 2017 e 2018 e 1,1% no ano passado. A projeção do mercado financeiro é menos pessimista que a expectativa do Banco Mundial e FMI, que preveem contração na casa dos 5% para o Brasil neste ano.

Os desafios provocados pela pandemia de coronavírus e as medidas necessárias para evitar sua propagação, como o distanciamento social e fechamento de setores não essenciais – seguindo recomendação de autoridades de saúde, como a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) –, causam impactos nas economias mundiais e já atingem a economia brasileira, assim como a incerteza sobre a linha a ser seguida pelas autoridades no combate à doença. Para tentar mitigar os danos, o governo começou a pagar o auxílio emergencial de 600 reais a trabalhadores informais, conhecido como coronavoucher, e liberou mais uma movimentação extra no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir de junho.

Segundo os últimos dados do Ministério da Saúde divulgados no domingo, 2.462 pessoas já morreram no Brasil em decorrência da Covid-19, nome da doença causada pelo novo coronavírus. Ao todo, 38.654 casos foram confirmados no país.

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Inflação

Além da revisão para o PIB, os analistas ouvidos pelo Banco Central também reduziram as projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, IPCA , que mede a inflação oficial no país. Com menos demanda de produtos, os preços tendem a não acelerar tanto. A previsão para o indicador saiu de 2,52% para 2,23% no ano. O valor está abaixo da meta estabelecida de 4% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e também abaixo da margem de erro estabelecida, que é de meio ponto porcentual para mais ou para menos.

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Economistas também revisaram a taxa básica de juros, a Selic, de 3,25% para 3%. Em março, o Banco Central já fez um corte na Selic para tentar mitigar os danos causados pelo novo coronavírus e estimular a economia, passando de 4,25% para 3,75%, que é a taxa vigente atualmente. A próxima decisão sobre a taxa de juros está marcada para o dia 6 de maio. 

A projeção para o dólar subiu de 4,60 reais para 4,80 reais ao fim do ano. A estimativa está aquém do fechamento do mercado financeiro na semana passada, quando a venda da moeda americana terminou a semana cotada a 5,24 reais.

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