Coronavírus: Salão do Automóvel é cancelado após registro de caso na Suíça
O evento teria início no próximo dia 5, chegando ao fim no dia 15 de março
Um dos mais tradicionais eventos automotivos do mundo, o Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, foi cancelado pelos temores envolvendo a propagação do coronavírus, que acomete a Europa de forma frontal desde a semana passada. O evento teria início no próximo dia 5, chegando ao fim no dia 15 de março.
“Lamentamos essa situação, mas a saúde de todos os participantes é a nossa principal prioridade e a de nossos expositores”, afirmou o presidente do evento, Maurice Turrettini. “Este é um caso de força maior e uma tremenda perda para os fabricantes que investiram maciçamente em sua presença em Genebra. No entanto, estamos convencidos. que eles entenderão essa decisão”, completou.
A decisão ocorre depois de o primeiro caso de coronavírus ser confirmado na Suíça e o governo do país determinar a suspensão de qualquer evento que reúna mais de mil pessoas no país, para impedir a propagação do vírus. Os ingressos serão reembolsados e a organização ainda não estima as perdas em decorrência do cancelamento do evento. A medida ocorre depois de grandes eventos no continente europeu serem cancelados em outros países. O governo italiano cancelou o tradicional Carnaval em Veneza por causa da piora no surto registrado no país, enquanto a França suspendeu as festividades em Nice.
Após a confirmação do primeiro caso do novo coronavírus na África Subsaariana, na Nigéria, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta sexta-feira, 28, que o surto da Covid-19 “está aumentando”, reiterando o alerta de que o vírus pode atingir a maioria dos países, se não todos.
O porta-voz da OMS, Christian Lindmeier, disse em uma entrevista coletiva em Genebra que a organização está analisando relatos de algumas pessoas sendo reinfectadas. As pesquisas incluem a revisão de como foram feitos os testes. “Mas, em geral, uma pessoa que teve infecção por coronavírus estaria imune pelo menos por um tempo”, disse.
(Com Reuters e EFE)