Em 2017, das 48,5 milhões de pessoas com idade entre 15 a 29 anos, 23% não trabalhavam nem estudavam ou se qualificavam. Em 2016, essa fatia era de 21,9%. De um ano para o outro, esse contingente cresceu 5,9%, o que equivale a mais 619.000 pessoas nessa condição, totalizando 11,2 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na análise segundo sexo, cor ou raça, 17,4% dos homens e 28,7% das mulheres não estavam ocupadas, nem estudando ou se qualificando. Entre as pessoas de cor branca, essa proporção foi de 18,7%, e entre as de cor preta ou parda, foi 25,9%.
Entre as pessoas de 15 a 17 anos de idade, ainda em idade escolar obrigatória, 78,3% se dedicavam exclusivamente ao estudo, aumento de 1,5 ponto porcentual em relação a 2016. No grupo das pessoas de 18 a 24 anos, a maior parte (34,7%) estava ocupada e não estudava, porém, o maior crescimento, de 2016 a 2017, se deu entre as pessoas não ocupadas nem estudando, 26,3% em 2016 para 28% em 2017. Já o grupo das pessoas de 25 a 29 anos, 57,4% estava ocupada e não estudava, e 25,6% estava não ocupada e não estudava.
Observa-se que, entre 2016 e 2017, em que o momento econômico foi de declínio da ocupação, a educação e a qualificação profissional não ganharam espaço entre as pessoas de 18 a 29 anos.
O Plano Nacional de Educação (PNE) determinou como meta a redução da taxa de analfabetismo para 6,5%, em 2015, e a sua erradicação até 2024. O país não cumpriu a primeira parte da meta. Em 2017, a taxa nacional de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi estimada em 7%, o equivalente a 11,5 milhões de analfabetos, ou 300 mil pessoas a menos do que em 2016 (7,2%).
Em 2017, para as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa foi de 19,3%, contra 20,4% em 2016.