O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que o cronograma da reforma da Previdência poderá sofrer mudanças em função dos acontecimentos políticos da semana passada. Ele se referiu à crise política em que tomou conta do após após a revelação das gravações do presidente Michel Temer, feitas pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.
Meirelles, entretanto, defendeu que os efeitos positivos a reforma não são imediatos e vão surtir efeito principalmente na próxima década.
Em teleconferência com investidores do JP Morgan e falando em inglês, Meirelles afirmou que um atraso de um ou dois meses na apreciação do texto não fará diferença.
Na semana passada, o relator da proposta na Câmara dos Deputados, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), disse não haver como avançar com a tramitação da reforma da Previdência nas circunstâncias atuais.
“[…] A partir das denúncias que surgiram contra o presidente da República, passamos a viver um cenário crítico, de incertezas e forte ameaça da perda das conquistas alcançadas com tanto esforço. Certamente, não há espaço para avançarmos com a reforma da Previdência no Congresso Nacional nessas circunstâncias”, disse o relator na nota.
(Com Reuters)