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De Tesla a Louis Vuitton, como balanços fracos pesam sobre bolsas globais

Números fracos da Tesla, Alphabet, Deutsche Bank e LVMH indicam dia negativo. Futuros dos principais índices americanos operam em queda

Por Tássia Kastner
24 jul 2024, 08h56

A temporada de divulgação de resultados do 2º trimestre começa a ganhar corpo nos EUA e na Europa. E, depois de uma sequência de trimestres em que investidores se preparavam para o pior, agora os números fracos realmente começam a aparecer. Vamos a alguns exemplos.

O lucro da Tesla despencou 45% no 2ºtri, a US$ 1,47 bilhão, quando comparado com igual período do ano anterior, resultado de uma desaceleração na venda de seus veículos. O valor ficou abaixo das projeções de Wall Street. Com resultados mais fracos, a companhia adiou o lançamento do seu táxi autônomo para depois de outubro. Os papéis caem quase 8% no pré-mercado.

A montadora de Elon Musk vem sofrendo com o aumento da concorrência chinesa, notadamente pela ascensão da BYD, e também pelo receio dos compradores em mercados maduros. Os cortes de preços promovidos pela Tesla para ampliar as vendas de modelos novos reduziu o valor de revenda de Teslas seminovos, afastando locadoras e mesmo compradores pessoa física do mercado.

Também ontem à noite, a Alphabet, dona da Google, divulgou seus resultados. A companhia superou as estimativas dos analistas para resultados, mas um aumento nos gastos com inteligência artificial e um crescimento menor que o estimado nas receitas com publicidade espalharam incerteza em Wall Street. As ações cedem 3,38% nesta manhã.

Do outro lado do oceano, o Deutsche Bank divulgou o primeiro prejuízo em quatro anos, isso devido a uma menor receita com o mercado de capitais. O resultado fraco fez o banco suspender o programa de recompra de ações, um instrumento que funciona como uma remuneração aos acionistas. Quando uma empresa usa o lucro para recomprar os próprios papéis, ela diminui a quantidade de gente com que precisa dividir os ganhos futuros, elevando a remuneração de quem permanece investidor. Os papéis cedem mais de 6% em Frankfurt.

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Por fim, há a LVMH, gigante do mercado de luxo global e dona de marcas como a Louis Vuitton. Um dos principais mercados da companhia é a China, e por lá a economia tem avançado muito menos do que o esperado. O resultado é que, ainda que resistam por muito mais tempo, os consumidores desse segmento em algum ponto também diminuem suas compras de bolsas, roupas e relógios de grife. Os papéis da LVMH são negociados em Paris, e recuam mais de 4% nesta manhã.

Os resultados dessas quatro empresas funcionam como um indicador para o dia negativo que se instalou no globo. Ações asiáticas, europeias e os futuros dos principais índices americanos operam em queda.

Nesta manhã, o Brasil conhecerá os números do Santander, o primeiro dos bancões a publicar resultados – e a marca do início da temporada de resultados no país. O EWZ ainda não mostra tendência para o Ibovespa no dia. Fora da divulgação de resultados, a agenda do dia é fraca. O minério de ferro continua a cair na China, enquanto o petróleo se recupera, após tombo da véspera.

 

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