ASSINE VEJA NEGÓCIOS

Democracia e contas públicas são temas de debate no Brazil Economic Forum

Evento promovido pela Editora Abril e pelo Lide contou com alguns dos principais formadores de opinião do país

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 jan 2025, 17h20

A manutenção da democracia e o rumo das contas públicas foram alguns dos temas discutidos por autoridades durante a tarde desta quinta-feira, 23, no Brazil Economic Forum, com um panorama dos principais desafios do governo federal. Nomes como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, estiveram entre os participantes da conferência, ocorrida em Davos, na Suíça. O evento é promovido pela Editora Abril, por meio de VEJA, e pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais, com transmissão online pelo Youtube e Canal Veja+.

A regulamentação das redes sociais no Brasil é um dos pontos a serem abordados pelo Estado a fim de preservar o ambiente democrático, como externado pelo ministro Barroso. Por mais que não seja fácil estabelecer um limite para a atuação dessas plataformas e, ao mesmo tempo, preservar a liberdade de expressão, trata-se de uma tarefa urgente e que não pode ser ignorada. “Tudo na vida precisa de limite, a civilização é a ideia de imposição de limites, então a resposta é sim, precisa de regulação”, disse o ministro. A desinformação em massa possibilitada pelas redes sociais é uma ameaça ao coletivo, de modo que a liberdade irrestrita na internet não cabe mais nos moldes atuais. Em alusão aos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, Barroso ilustrou seu argumento ao dizer que as redes “não podem servir para convocar a população a invadir prédios públicos”.

Ao mesmo tempo em que o avanço tecnológico e as redes sociais apresentam problemas contemporâneos, vícios antigos ainda atrapalham a agenda de desenvolvimento brasileira. É o caso do desequilíbrio fiscal perpetrado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma das principais figuras dos primeiros mandatos do petista à frente do Palácio do Planalto, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles insistiu que o governo de hoje tem grandes diferenças em relação ao vivido por ele nos anos 2000 — notoriamente, no que diz respeito à política fiscal. “Hoje, há uma política fiscal expansionista, o que cria um cenário diferente e empurra os juros para cima”, disse.

Os juros elevados, como mencionado por Meirelles, configuram outro ponto de atenção debatido durante o fórum em Davos. Para o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita, a última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central instigou as instituições financeiras do país a terem mais cautela na hora de oferecer crédito. Trata-se de um “sinal amarelo”, nas palavras de Mesquita. Apesar da diminuição da quantidade de dinheiro disponível para a economia girar, o Itaú projeta um crescimento de 2,2% neste ano, de acordo com o economista do banco. Quem embarcou na discussão sobre crescimento e se mostrou otimista foi o ex-ministro Meirelles, que celebrou os efeitos das reformas que implantou durante o governo de Michel Temer. “O Brasil tem surpreendido, crescendo mais, com a modernização da economia”, disse. “Os efeitos das reformas estão agora adquirindo plano de voo, o que permite que a economia cresça mais.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.