Desemprego cai para 11,7% em outubro com alta da informalidade
Desempregados somam 12,4 milhões de pessoas no país, segundo o IBGE; número é 4% menor em relação ao ano anterior
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 11,7% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta quinta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com a redução, a falta de emprego ainda atinge 12,4 milhões de brasileiros.
Em igual período de 2017, a taxa de desocupação medida pela Pnad Contínua estava em 12,2%. No trimestre encerrado em julho, o desemprego era de 12,3%. Em relação a esse período anterior, a população desocupada caiu 4%, isso representa 517.000 pessoas a menos em emprego.
De acordo com o IBGE, foi o trabalho informal o maior responsável pela queda. O número de empregados sem carteira assinada (11,6 milhões) subiu 4,8% na comparação com o trimestre anterior (mais 534.000 pessoas). Em relação ao mesmo trimestre de 2017, subiu 5,9%, um adicional de 649.000 pessoas. A categoria dos trabalhadores por conta própria (23,6 milhões) cresceu 2,2% na comparação com o trimestre anterior (mais 497.000 pessoas) e 2,9% em relação ao mesmo trimestre de 2017 (mais 655.000 pessoas).
Já o número de empregados no setor privado com carteira assinada (sem considerar trabalhadores domésticos) foi de 32,9 milhões de pessoas, ficando estável tanto em ambas as comparações.
A taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 24,1% no trimestre de agosto a outubro de 2018 e variou negativamente 0,4 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior (24,5%). O IBGE aponta que a taxa cresceu 2,6% em relação ao mesmo trimestre de 2017.
A renda média real do trabalhador foi de 2.230 reais no trimestre encerrado em outubro. O resultado apresenta um crescimento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando estava em 2.221 reais. Em relação ao trimestre anterior, houve um pequeno acréscimo, já que estava em 2.227 reais. A massa de rendimento real habitual somou 202 bilhões de reais e também ficou estável em ambas as comparações.