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Desemprego fica em 7,5% em abril e ocupação sem carteira bate recorde

Segundo o IBGE, 8,2 milhões de pessoas buscavam emprego no trimestre encerrado em abril, queda de 9,7% no ano. Ao todo, 13,5 mi trabalham sem carteira

Por Larissa Quintino Atualizado em 29 Maio 2024, 11h56 - Publicado em 29 Maio 2024, 09h19

A taxa de desemprego para o trimestre encerrado em abril ficou em 7,5%, em estabilidade em relação aos 7,6% registrados no trimestre anterior, encerrado em janeiro. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada nesta quarta-feira, 29, pelo IBGE, essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em abril desde 2014, quando o indicador estava em 7,2%. No mesmo trimestre do ano passado, a taxa estava em 8,5%.

Para Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o resultado mostra a tendência de redução da taxa de desocupação, “que vem sendo observada desde 2023”.

No trimestre havia 8,2 milhões brasileiros desempregados — aqueles sem ocupação e que procuram entrar ou voltar para o mercado de trabalho. Segundo o IBGE, há estabilidade na comparação trimestral, mas, no comparativo anual, o dado registra redução de 9,7% (menos 882 mil desocupados) .

Segundo Beringuy, a estabilização da desocupação se deve, principalmente, à redução das perdas do comércio e ao retorno da ocupação no segmento da educação básica pública no ensino fundamental.

A população ocupada chegou a 100,8 milhões no trimestre encerrado em abril. Mesmo sem variação significativa com o período imediatamente anterior, esse contingente cresceu 2,8% na comparação anual, o que equivale a mais 2,8 milhões de postos de trabalho frente ao mesmo trimestre móvel de 2023.

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Os bons números da população ocupada se devem aos empregados com e sem carteira assinada, que chegaram a números recordes na pesquisa de abril. O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, o maior da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Da mesma forma, o contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.

Igor Cadillac, economista do PicPay, afirma que os dados da Pnad de abril mostram a resiliência do mercado de trabalho brasileiro. O analista chama atenção para os ligeiros avanços da taxa de participação (61,9% para 62%) e do nível de ocupação (57% para 57,3%) em abril. “Além disso, a taxa de informalidade caiu de 38,9% para 38,7%. Esse é justamente o quadro que se espera de um mercado de trabalho robusto e saudável”, disse.

Renda

O rendimento médio real das pessoas ocupadas no trimestre encerrado em abril foi de 3.151 reais, sem variação significativa no trimestre e com alta de 4,7% na comparação anual. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, chegou a 313,1 bilhões de reais, novo recorde da série histórica, mostrando estabilidade no trimestre e subindo 7,9% ante o mesmo período de 2023.

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“A massa de rendimento se manteve em patamar elevado, seja porque houve variação positiva da população ocupada em alguns segmentos, seja pela manutenção do valor do rendimento médio. Com destaque, neste trimestre específico, para o aumento do rendimento dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada”, afirma a coordenadora do IBGE.

Na comparação trimestral, o rendimento ficou estável em todos os dez grupamentos de atividade investigados pela PNAD Contínua. Em comparação ao mesmo trimestre móvel de 2023, houve alta nos rendimentos dos trabalhadores de quatro grupamentos: indústria geral (8,5%), comércio e reparação de veículos (4,6%), transporte, armazenagem e correio (5,7%) e administração pública (4,0%).

Para o economista André Perfeito, o novo recorde da massa salarial deve ter impactos no PIB. “Isso sugere mais uma vez que o PIB de 2024 deve ser puxado pelo consumo das famílias e, nesse sentido, mantenho projeção de 2,2% para o crescimento da economia neste ano.”

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