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No ritmo atual, desigualdade de gênero persistirá até 2234

A desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano, pela primeira vez após uma década de avanços

Por AFP
Atualizado em 2 nov 2017, 10h47 - Publicado em 2 nov 2017, 09h09

A desigualdade entre homens e mulheres voltou a crescer este ano, pela primeira vez após uma década de avanços constantes em matéria de igualdade entre sexos, informou nesta quinta-feira o Fórum Econômico Mundial.

O relatório anual sobre a igualdade entre homens e mulheres envolve 144 países e analisa a situação entre sexos nas áreas de trabalho, educação, saúde e política.

O estudo avalia que mantido o ritmo atual, as desigualdades entre homens e mulheres no trabalho persistirão até 2234 (por mais 217 anos), quando no ano passado a previsão era de 170 anos para se atingir este objetivo.

Pelo quarto ano consecutivo se ampliou o abismo entre sexos na área trabalhista, um retrocesso ao nível de 2008, assinala o relatório.

Globalmente, o ano de 2017 “marca um retrocesso após uma década de avanços lentos mas constantes em matéria de melhoria da igualdade entre os sexos, com a distância em escala mundial crescendo pela primeira vez desde a publicação do primeiro relatório, em 2006”.

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No ritmo atual, será preciso um século para acabar com a distância global entre homens e mulheres em escala mundial, contra os 83 anos calculados em 2016.

“Em 2017, não deveríamos estar constatando que a tendência de progresso a favor da igualdade se reverte”, declarou um dos autores do relatório, Saadia Zahidi.

Este retrocesso se explica pelo aumento da diferença entre homens e mulheres nos quatro pilares estudados pelos especialistas. “As áreas onde a diferença entre sexos são mais difíceis de superar são economia e saúde enquanto o abismo político entre os sexos é o mais escandaloso.”

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Diante das tendências atuais, a distância entre sexos na área da educação poderia ser eliminada no prazo de 13 anos.

Em 2017, a Europa ocidental permaneceu como a região mais avançada em matéria de redução das desigualdades, à frente dos Estados Unidos. Oriente Médio e África do Norte são as regiões onde o abismo é maior.

Entre os países do G20, a França ocupa a primeira posição em matéria de igualdade, seguida por Alemanha, Grã-Bretanha, Canadá, África do Sul e Argentina. A classificação geral é dominada pelos países do Norte da Europa: Islândia, Noruega e Finlândia.

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