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Devolução do Galeão faz governo mudar estratégia nos leilões

Santos Dumont, que seria ofertado no primeiro semestre deste ano, só irá a leilão em 2023; Executivo planeja fazer um bloco apenas com os terminais cariocas

Por Larissa Quintino Atualizado em 12 fev 2022, 01h50 - Publicado em 11 fev 2022, 10h10
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  • A devolução da concessão do Aeroporto Internaciomal Tom Jobim, o Galeão, fez com que o governo recalculasse rota. Assim, o Ministério da Infraestrutura deve segurar uma de suas joias da coroa e tentar vender o terminal devolvido junto com um ativo que consideram muito valioso. Sendo assim, o Santos Dumont, também no Rio de Janeiro, não irá mais a leilão no primeiro semestre deste ano, na chamada 7ª rodada de concessões, e deverá ser ofertado apenas em 2023.

    “Não faz mais sentido caminhar com Santos Dumont de forma isolada na 7ª rodada. Nós vamos estudar os dois aeroportos juntos. Nós vamos avaliar a concessão de Galeão e Santos Dumont em conjunto. Isso é uma resposta à preocupação do setor produtivo e do governo do Rio de Janeiro Vamos considerar o terminal Rio andando em conjunto”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na quinta-feira.

    A sétima rodada de leilões era considerada uma grande esperança do governo em atrair a iniciativa privada. A ideia era vender o Santos Dumont de forma separada, mas a rodada também inclui o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, que junto com o Santos Dumont fazem uma das rotas mais movimentadas da América Latina, a Ponte Aérea. Ao todo, serão quinze terminais licitados, com estimativa de contratação de 7 bilhões de reais em investimentos. Com a concessão dos 15 terminais, que ainda não tem data, mas deve ocorrer no primeiro semestre desse ano, o governo chegará à marca de 49 aeroportos passados para a iniciativa privada.

    Devolução

    A Changi, de Singapura, que controla o RIOGaleão entrou com um pedido de reequilíbrio financeiro no início do mês, motivado pelas dificuldades da retomada do movimento do aeroporto, que foi negado pela Anac. O pleito era de recomposição de 7,5 bilhões de reais até 2039. Em outras palavras, um abatimento desse valor no pagamento de outorgas ainda devidas até lá. Mas o governo não aceitou. A empresa detém 51% do aeroporto. Outros 49% pertence a Infraero.

    Os próximos passos, segundo o governo, são qualificar o Galeão no Programa de Parcerias de Investimentos, PPI, e incluí-lo no bloco junto com o Santos Dumont. Na prática, os dois terminais contarão com o mesmo operador, caso leiloados. Segundo estimativas do governo, apenas o Santos Dumont tem potencial para contratação de 1,3 bilhão de reais em investimentos

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