O Dia dos Namorados deve injetar 15,6 bilhões de reais na economia brasileira, conforme pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A estimativa é que 93,5 milhões brasileiros irão às compras nessa data e o gasto médio será de 166,87 reais.
O levantamento mostra que três em cada dez entrevistados que pretendem adquirir alguma lembrança farão isso mesmo possuindo contas em atraso atualmente. Além disso, 8% deixarão de pagar alguma dívida para comprar algo para a pessoa amada.
Entre os consumidores que adquiriram presentes na data no ano passado, 9% estão negativados por compras feitas na ocasião. E 28% dos compradores admitem ter o hábito de gastar mais do que podem para agradar ao parceiro.
A maior parte dos entrevistados (36%) deve desembolsar a mesma quantia que no ano passado, enquanto 21% projetam gastar mais e 17% pretendem diminuir o valor.
Entre os compradores que planejam gastar menos do que em 2017, o que mais tem pesado é o fato de estarem em uma situação financeira difícil ou com o orçamento apertado, com 31% de citações. A necessidade de economizar também é motivo citado por 26% desses entrevistados. Já entre os que planejam gastar mais neste ano, 40% alegam que vão adquirir um presente melhor. De modo geral, a maioria dos consumidores (71%) deve comprar apenas um presente, mas 23% planejam adquirir dois ou mais itens para agradar ao parceiro.
A principal forma de pagamento será à vista, com 58% de citações. Outros 37% devem utilizar o cartão de crédito e apenas 2% boleto bancário. Entre os que vão dividir as compras, o número médio de prestações varia entre três e quatro.
“Em um momento em que a inadimplência e o desemprego estão elevados, comprar o presente à vista pode ser uma boa alternativa para fugir do endividamento. Para quem vai recorrer ao crédito, o ideal é fugir dos parcelamentos para evitar comprometer a renda com prestações muito alongadas e se programar para o pagamento integral da fatura”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Os presentes mais procurados devem ser as roupas (41%), perfumes ou cosméticos (34%), calçados (22%) e jantares (18%). Completam o ranking os bombons e chocolates (17%) e acessórios, como bijuterias, cintos, óculos e relógios (17%). Outras opções que os entrevistados consideram na tentativa de economizar nos gastos são fazer um jantar romântico (49%), um café da manhã (32%) e passeio ao ar livre no fim de semana (24%).