Diferentemente da Black Friday, os alimentos foram os itens mais buscados no Google no Dia do Consumidor, comemorado em 15 de março. Em 2018, o Google registrou aumento de 65% nas buscas por alimentos em relação ao mesmo período do ano passado. Na Black Friday, os consumidores costumam procurar por ofertas de celular, eletrodomésticos, roupas e tênis.
De acordo com Rafael Campion, líder de inteligência de mercado do Google Brasil, o aumento da procura está relacionado a três fatores. O primeiro é a disposição do consumidor de comprar com desconto. O segundo é que o varejista se aperfeiçoou para aumentar as vendas. O terceiro foi a proximidade com a Páscoa, que neste ano caiu no dia 1º de abril. “Os consumidores encontraram chocolate e ovos em promoção na ocasião”, destaca ele.
O aumento das buscas por alimentos na internet ganha mais relevância se lembramos que trata-se de um produto que as pessoas estão acostumadas a comprar em lojas físicas.
Levantamento do Google divulgado no mês passado mostrou que apenas 30% dos brasileiros conheciam o Dia do Consumidor no início de 2018. Mas quando a data é explicada, 81% afirmaram que desejavam comprar.
No comércio, existe a expectativa que a data se consolide como a “Black Friday do primeiro semestre”. Embora o Dia do Consumidor tenha crescido no Brasil, a data ainda é pequena em comparação com a Black Friday, celebrada próxima ao Natal.
Para o site de buscas, o que está se consolidando é a Semana do Consumidor. “Vem crescendo muito, as pessoas conhecem a data e muitas relataram que encontraram o que queriam”, explica Campion. Para se ter uma ideia, neste ano o aumento de buscas pelo dia foi de 46% em relação ao ano passado. Quando o assunto é semana, o crescimento foi de 65%.
Um dos dados que comprovam o aumento por compras é que os sites de varejo tiveram 10% mais visitas no Dia do Consumidor do que tiveram sete semanas que antecederam a data. O download de aplicativos de lojas também tiveram um salto de 15% no mesmo período. Na compra on-line, o cliente pode ter as informações que ele precisa e comparar preço em diferentes lojas, além de acompanhar os comentários de outros clientes sobre determinado produto.
Outro ponto positivo que ele destaca é que o consumidor está pronto para comprar on-line e mais ainda quando há a possibilidade de ele retirar o produto na loja. “Ele não paga o frete e ainda retira quando quiser”, afirma. Com a greve dos Correios, o consumidor queria a garantia de ter o produto em mãos.