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Dobra número de imóveis retomados por falta de pagamento

Entre 2015 e 2016, o número de unidades retomadas pela Caixa, maior financiadora do Brasil, quase dobrou

Por Vinicius Pereira
Atualizado em 12 jun 2017, 14h58 - Publicado em 11 jun 2017, 12h58
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  • Condomínios de prédios novos e em construção na Avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina, em São Paulo
    Condomínios de prédios novos e em construção na Avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina, em São Paulo (Fernando Moraes/VEJA São Paulo/VEJA)

    A recessão econômica que atinge o país traz nuances dolorosas à vida cotidiana do brasileiro. Uma delas é a dificuldade das pessoas para honrar os compromissos financeiros assumidos, como a compra da tão sonhada casa própria. Isso tem influenciado no número de imóveis retomados por inadimplência no Brasil.

    Dados da Caixa Econômica Federal, maior financiadora do país no setor, mostram que a retomada de imóveis pelo banco cresceu nos últimos anos. Entre 2015 e 2016, o número de unidades retomadas quase dobrou. Em 2016, 15.881 unidades foram retomadas pela Caixa, ou 0,35% da carteira. Um ano antes, foram 8.775 unidades.

    Já para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), a relação distrato (devolução)/vendas atingiu 41,6% em fevereiro deste ano – último mês do levantamento.

    “A queda na atividade econômica atinge a renda das famílias e faz com que a capacidade de pagamento também sofra demais”, afirma Luiz Antonio França, presidente da entidade.

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    A psicóloga Renata dos Santos, 34, viu o sonho de ter uma residência própria ruir quando perdeu o emprego e não teve mais condições de honrar o financiamento que havia conseguido com o banco anos antes.

    “Estou há um tempo desempregada e não consegui renegociar minha dívida. Aí veio o banco, e, por meio de uma decisão judicial, tomou o imóvel e o colocou para leilão”, conta.

    O procedimento de leiloar os imóveis retomados é previsto em lei. Dessa forma, de acordo com a empresa Mega Leilões, o número de unidades que ficam disponíveis para serem arrematados praticamente dobrou no último ano.

    “É uma sensação horrível você ter feito um planejamento, ter acertado um financiamento, e saber que aquela casa que seria sua vai a leilão”, conta Renata.

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    O que fazer

    Especialistas indicam a renegociação aos consumidores que não estejam conseguindo honrar os compromissos. Além disso, é importante também não demorar a tomar tal atitude.

    “Está atrasado com o banco? O primeiro passo é tentar renegociar, depois disso você pode tentar portabilidade para outro banco ou até mesmo, se não der, vender e partir para o negócio menor”, diz o advogado Thomás de Figueiredo Ferreira, especialista em distrato imobiliário.

    Para ele, quanto antes a pessoa assumir que não terá condições de continuar a pagar a construtora, menor será o prejuízo final.

    “Se você pedir pelo distrato, na esfera judicial, poderá ter de 80% a 90% daquilo que você pagou. Se demorar muito, a cada mês que você pagar mil reais, a construtora só vai te pagar de 800 reais a 900 reais”, conclui.

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