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Dólar dispara e é cotado a R$ 3,60, maior valor em 2 anos

Tensão entre Estados Unidos e Irã, taxa de juros americana e cenário eleitoral no Brasil são fatores que levam à valorização da moeda

Por Gilmara Santos e Thaís Augusto
Atualizado em 9 Maio 2018, 15h34 - Publicado em 9 Maio 2018, 11h00
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  • O dólar abriu na manhã desta quarta-feira, 9, em alta. Às 10h50, a moeda americana bateu a marca de 3,60 reais, com valorização de 0,87%, maior cotação desde maio de 2016.

    O resultado é reflexo da tensão nos mercados externos com a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, aumentando os riscos geopolíticos e que podem influenciar o fluxo de capital no mundo.

    “Toda essa situação com o Irã gera incertezas, desestabiliza a economia mundial e o mercado reage desmontando operações e repatriando dólares para os Estados Unidos, que é mais seguro e tem ainda a possibilidade de aumento da taxa de juros acima do que era esperado”, explica o gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo.

    Para ele, o Brasil tem uma situação ainda mais delicada com o cenário eleitoral, que deixa o investidor estrangeiro preocupado com o futuro da economia nacional.

    “A tendência é que o dólar vai continuar forte, não temos perspectiva, eleição presidencial é um fator bastante relevante para as expectativas de quem opera com o Brasil”, considera.

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    Em abril, a moeda americana teve valorização de 6%. Em maio, já acumula alta de 2%. “Estamos falando de elevação de 8% em menos de 40 dias”, diz Galhardo.

    Para Marcos Trabbold, operador da B&T Corretora de Câmbio, a questão dos juros também tem impacto nesta movimentação. “O Brasil está diminuindo os juros e os Estados Unidos aumentando e pode acarretar em uma fuga de capital”, considera. “Além disso, tem a questão do petróleo, que já vinha aumentado, mas agora pode inflacionar com o conflito entre EUA e Irã”, complementa.

    De acordo com ele, a alta generalizada do dólar atinge todos os países. “O problema cambial da Argentina não é o mesmo do Brasil, mas como é um país que está aqui do lado, acaba refletindo”. 

    O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou ontem pedido de ajuda ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O país busca um acordo de financiamento ara conter a desvalorização do peso e a inflação de cerca de 20% ao ano – a meta do governo é chegar a 15%. Para lidar com esse cenário, o país elevou as taxas de juros – foram três altas na semana passada -, que atingiram 40%.

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    “Primeiro, temos a questão internacional. A decisão do presidente Donald Trump de tirar os EUA do acordo nuclear com o Irã pressionou a cotação do petróleo, que acarreta em aumento nos preços. Isso faz com que aumente a inflação e os juros nos Estados Unidos, atraindo investimento que seria direcionado a outros países”, afirma Mario Battiste, operador da Fair Corretora.

    Esse cenário, explica ele, fortalece o dólar e enfraquece outras moedas. “No Brasil, continuamos com o problema político interminável, que passa insegurança para o mercado. Os investidores estão saindo fora para procurar mercados menos rentáveis, mas mais seguros.”

     

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