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Dólar é cotado a R$ 3,59 pressionado por cenário externo

Indefinição eleitoral no Brasil também contribui para alta da moeda americana

Por Gilmara Santos
8 Maio 2018, 12h07
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  • O dólar opera em alta na manhã desta terça-feira, 9. A moeda americana é cotada a 3,59 reais, aguardando o anúncio da decisão do presidente americano, Donald Trump, sobre a permanência no acordo nuclear com o Irã. Às 12h, a moeda avançava 0,93%. “O dólar segue tendência de alta e deve continuar subindo impactado por diversos fatores, tanto externos quanto internos”, diz o economista Sidnei Nehme, diretor executivo da NGO Corretora de Câmbio.

    Entre esses motivos ele cita a expectativa de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos. “Temos um cenário externo pressionado pela truculência política e econômica do presidente Trump”, diz Nehme.

    Além disso, destaca o economista, temos um cenário interno bastante indefinido, especialmente do ponto de vista eleitoral.

    Nesta terça-feira, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, anunciou que não será candidato à Presidência da República. Para o Nehme, esse é mais um fator no já conturbado panorama interno, “com uma economia que não deslancha”, e que pressiona a cotação da moeda.

    Ele cita que indicadores divulgados nesta terça-feira reforçam essa expectativa menos otimista. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) apresentou alta de 0,93% em abril, ante aumento de 0,56% em março, conforme a Fundação Getulio Vargas (FGV).

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    O indicador de Antecedente de Emprego, também divulgado nesta terça-feira pela FGV e que antecipa os dados do mercado de trabalho, registrou queda em abril, mostrando desaceleração no ritmo de recuperação do mercado de trabalho.

    A projeção de Nehme é que o dólar atinja a marca de 3,75 reais com a proximidade das eleições.

    O gerente de câmbio da Treviso, Reginaldo Galhardo, também considera que as incertezas em relação à economia aliadas ao cenário internacional, com a briga comercial entre Estados Unidos e China, por exemplo, e a expectativa de aumento na taxa de juros nos EUA contribuem para que a moeda americana siga se valorizando. 

    “No curto prazo a tendência é que o dólar siga em alta”, diz Galhardo.

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