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Dólar e Ibovespa avançam de olho em PIB no Brasil e payroll nos EUA

Economia do Brasil tem ano forte, mas perde força no trimestre; relatório de emprego dos EUA aponta desaceleração da atividade

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 mar 2025, 18h49 - Publicado em 7 mar 2025, 17h34

Em dia de importantes catalisadores para movimentar os negócios, o dólar fechou em alta de 0,57%, cotado a R$ 5,79, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou avanço de 1,36% no fim do pregão, em 125.034 pontos. A despeito do ajuste de hoje, na semana, o dólar acumulou uma queda de mais de 2%, enquanto o Ibovespa teve um fechamento positivo em 0,6%.

No cenário doméstico, o dia foi marcado pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano e do quarto trimestre de 2024. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no acumulado do ano passado, houve um crescimento de 3,4% na atividade econômica, considerado um número forte por economistas — e que é o maior resultado desde 2021, quando a economia se recuperava da pandemia.

Entretanto, o último trimestre de 2024 registrou um avanço de apenas 0,2%, menos do que o esperado por especialistas, que projetavam 0,4%. O cenário representa uma desaceleração econômica, com menos consumo, engatilhado pelo aumento da taxa Selic, que subiu aos 13,25% ao ano atualmente.

Se, por um lado, uma perda de força da atividade representa uma visão negativa do ponto de vista macroeconômico, a notícia é favorável do ponto de vista monetário, já que uma economia mais enfraquecida tem menos potencial inflacionário — e, portanto, maior chance de uma taxa de juros mais baixa. Tal otimismo contribui para o bom humor dos investidores locais, que demandam mais ativos de risco, como a bolsa de valores.

Além do PIB, os investidores digerem a medida do governo de zerar a tarifa de importação de certos alimentos, numa tentativa de conter o aumento dos preços ao consumidor. A decisão, no entanto, “é considerada pouco eficaz e potencialmente prejudicial para o equilíbrio fiscal”, segundo Christian Iarussi, especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital.

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A decisão do governo, que coíbe um movimento mais firme de alta da bolsa, pode não ser a última cartada em torno do tema. Nesta tarde, o presidente Lula declarou que poderá tomar “medidas drásticas” para enfrentar a inflação dos alimentos.

No cenário internacional, o mercado reage ao payroll, o relatório de emprego dos Estados Unidos, que veio abaixo das expectativas. O país criou 151 mil postos de trabalho formal em fevereiro e a taxa de desemprego ficou em 4,1%.

A desaceleração do mercado de trabalho americano — que também pode significar uma descompressão inflacionária e uma política monetária menos apertada — acabou levando as empresas a oscilarem em tom mais positivo na bolsa no dia, o que contribui para a alta no Ibovespa, afirma Iarussi.

Embora sem novidades no dia, o mercado ainda enfrenta incertezas e aguarda novos passos em relação ao “tarifaço” imposto pelo presidente americano, Donald Trump, depois de diversas decisões tomadas e revertidas pelo republicano. Nessa frente, especialistas ressaltam a continuidade da pressão para ativos de risco, como as bolsas, e a procura por segurança, em moedas e títulos de países desenvolvidos. 

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