Dólar fecha a semana em R$ 4,01 e bolsa tem alta acumulada de 4%
Otimismo quanto a aprovação da reforma da Previdência e cenário externo mais ameno levaram aos resultados positivos no período
Após seis semanas de alta, o dólar comercial fechou nesta sexta-feira vendido a 4,01 reais, queda de 0,8%, puxada por um dia de alívio no exterior e por otimismo quanto à aprovação da reforma da Previdência. Na semana, a moeda recuou 2,09%. O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve queda de 0,21%, a 93.712 pontos. Na semana, a alta foi de 4,04% graças à aceleração registrada na segunda e na terça-feira.
“Foi uma semana bastante nervosa, mas que termina de forma otimista, com o andamento da reforma, que é na velocidade de cruzeiro. O mercado acredita que a reforma da Previdência será aprovada”, afirmou Pablo Syper, diretor da corretora Mirae Assert.
Segundo o analista, a declaração do ministro da Economia de que deixará o cargo caso as mudanças no sistema previdenciário não sejam aprovadas vão de encontro com o pensamento do mercado financeiro e, por isso, não abalaram a bolsa. “Os investidores acreditam que terá reforma, e não ‘reforminha”, afirmou Spyer. Em entrevista exclusiva a VEJA, Guedes afirmou que, caso o Congresso aprove uma versão desidratada da reforma, ele vai renunciar, pois, sem a correção, o país “vai pegar fogo” e poderá quebrar em 2020.
No mercado externo, a fala do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o gigante chinês de tecnologia Huwaei, acalmou os mercados globais. Segundo Trump, as reclamações dos EUA contra a Huawei podem ser resolvidas dentro de uma estrutura comercial mais ampla, embora negociações bilaterais de alto nível ainda não tenham sido agendadas. Na semana passada, os Estados Unidos colocou a empresa chinesa em uma ‘lista negra’ e proibiu o uso de tecnologia do fornecedor em redes de segurança de empresas americanas.
O mercado também reagiu bem à renúncia da primeira-ministra britânica, Theresa May depois de falhar em uma tentativa final de conquistar apoio parlamentar para seu acordo de divórcio da União Europeia.
(Com Reuters)