Dólar recua de olho em “vai e vem” nas tarifas de Trump; Ibovespa avança
Valor da moeda americana cai apesar de ameaça de Trump à União Europeia; alta do minério de ferro impulsiona bolsa

Em dia de recuperação e alívio para a taxa de câmbio e o mercado brasileiro de bolsa, o dólar fechou em queda de 0,11% nesta quinta-feira, 13, cotado a 5,80 reais, enquanto o Ibovespa terminou o pregão com alta de 1,44%, aos 125.646 pontos.
No mercado externo, os negócios se recuperam, aos poucos, da guerra comercial imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a outros países. As tarifas de importação de 25% sobre todo o aço e alumínio importados passaram a valer a partir desta quarta-feira, 12. Nesta manhã, apesar do alívio no preço da moeda americana ante ao real, o republicano ameaçou impor taxas de 200% sobre bebidas alcoólicas importadas da Europa.
O “vai e vem” em relação às decisões de Trump já é conhecido pelo mercado. Agora, os investidores aguardam a tomada de uma medida concreta por parte do presidente para que aumente sua aversão ao risco.
A isso se soma a divulgação do número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos EUA, que caíram em 2.000 na semana encerrada em 8 de março, abaixo das expectativas de analistas, que previam um aumento de 5.000. A leve desaceleração indica que que o mercado de trabalho ainda segue robusto, um dado considerado importante para o Federal Reserve (Fed), banco central americano devido ao potencial inflacionário do setor de empregos no país.
No cenário doméstico, a agenda de indicadores contou com o anúncio da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de serviços prestados no Brasil apresentou queda de 0,2% em janeiro de 2025, na comparação com dezembro do ano anterior.
Apesar do pequeno recuo, a bolsa brasileira avança em ritmo de recuperação engatilhada principalmente pela alta nos preços do minério de ferro, que alavancaram as mineradoras Vale e CSN. Por volta das 17h, os papéis da Vale operavam em alta de 1,40%, enquanto os da CSN avançam 7,95%.