Dólar recua e Ibovespa tem leve alta à espera de dados de emprego e inflação nos EUA
Com agenda vazia, investidores aguardam relatórios de emprego e dados de inflação nos EUA; No Brasil, mercado revisa para baixo a previsão para IPCA

Em dia de poucos catalisadores para os negócios, o dólar fechou em queda de 0,7%, cotado a R$ 5,69, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou alta de 0,21% no fim do pregão, aos 135.015 pontos.
A segunda-feira foi marcada por ritmo lento, com a agenda econômica esvaziada no exterior. A semana, porém, está recheada de divulgações importantes para o mercado, com efeitos diretos para a demana por risco por parte dos investidores.
Nos Estados Unidos, o relatório Jolts, que mostra o número de vagas de emprego abertas no mês, e o ADP, que apresenta o número de contratações no setor privado, são os primeiros a serem divulgados. Já o payroll, que aponta a taxa oficial de desemprego no país e é o mais aguardado pelos analistas de mercado, sai nesta sexta-feira, 2. Também será divulgada a inflação medida pelo PCE, índice mais importante usado pelo Fed, banco central americano, para direcionar sua política monetária. Todos esses indicadores serão essenciais para medir a saúde da economia americana, em meio aos possíveis efeitos da guerra tarifária sobre a atividade do país.
Em relação à guerra comercial, a ausência de novidades permitiu que as bolsas americanas operassem sem grande ímpeto, próximas à estabilidade. O Nasdaq fechou em leve queda de 0,10%, enquanto o S&P 500 encerrou aproximadamente no zero a zero; o índice Dow Jones teve alta de 0,28%. No Brasil, o Ibovespa seguiu o mesmo ritmo.
Na agenda local, o destaque do dia foi o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, que revisou para baixo a previsão da inflação para 2025 pela segunda semana consecutiva. A expectativa é que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado índice oficial para a inflação, encerre este ano a 5,55%, ante 5,57% projetados na semana passada. Ainda assim, vale destacar, a inflação segue acima do teto da meta estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
A isso se soma o déficit na conta corrente do país no mês de março, que foi de 2,24 bilhões de dólares, conforme divulgado hoje. Em dia de agenda vazia, os dados ajudaram a amparar a bolsa, já que os números vieram melhores do que o esperado pelos investidores.