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Dolár sobe e Ibovespa recua de olho em inflação nos EUA e políticas expansionistas no Brasil

Taxa de câmbio é pressionada em meio à divulgação do PCE nos EUA e tarifas de Trump; taxa de desemprego no Brasil sobe para 6,8%

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 mar 2025, 18h40

Nesta sexta-feira, 28, o dólar fechou em alta de 0,13%, cotado a R$ 5,76, enquanto o Ibovespa, principal índice da B3, registrou baixa de 0,94% no fim do pregão, aos 132.902 pontos. Os negócios foram impulsionados principalmente pela divulgação do índice da inflação nos Estados Unidos, pela alta na taxa de desemprego no Brasil e pelo lançamento de medidas expansionistas no país na semana.

No mercado internacional, o destaque do dia foi o Índice de Preços para Gastos de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que teve um aumento de 0,3% em fevereiro. O resultado veio dentro das expectativas do mercado, mas a alta “reforça a ideia de que os juros americanos vão continuar altos por mais tempo”, segundo o especialista em investimentos e sócio da The Hill Capital, Christian Iarussi. Na comparação anual, o PCE registrou alta de 2,5%. Juros mais altos lá fora estimulam investidores a buscar títulos americanos em detrimento de mercados mais arriscados, como emergentes.

Além disso, os investidores ainda digerem as tarifas de 25% impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, a carros importados pelo país. O novo capítulo da guerra comercial do republicano passa a valer a partir do dia 2 de abril, o que gera tensões e inseguranças para o mercado financeiro.

No cenário doméstico, os negócios se movimentam de olho na taxa de desemprego, que subiu para 6,8% no trimestre encerrado em fevereiro, ante ao 6,1% registrado no trimestre anterior, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Ainda assim, a taxa é de 1 ponto percentual a menos do que a do mesmo período de 2024.

A isso se somam as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à agência Bloomberg nesta manhã. Ele afirmou que a inflação e o crescimento lento impactam diversos países, e que o governo seguirá sua estratégia sem reações precipitadas. “Parte da inflação é o resultado do fortalecimento do dólar”, disse. “Nós não controlamos todas as variáveis internacionais e frequentemente nem as domésticas”.

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O ministro também demonstrou insegurança em relação às decisões econômicas de Donald Trump, ao comentar que “é a primeira vez que vê pessoas sérias discutindo a qualidade e a força da democracia nos Estados Unidos”. No entanto, Haddad voltou a confirmar que não há possibilidades de conflitos comerciais entre Brasil e EUA, enfatizando que a relação bilateral é “equilibrada e respeitosa”.

Ainda na cena local, investidores digerem a criação do Consignado CLT, que libera a contratação de crédito consignado para trabalhadores do setor privado com garantia do FGTS. A medida, que tem potencial inflacionário, segundo economistas, preocupa o mercado pelos consequentes efeitos sobre a política monetária: com inflação mais alta, a tendência é de que os juros sigam mais altos, o que tira atratividade da renda variável.

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