O dólar operava em alta nesta segunda-feira, voltando novamente para o patamar de 3,55 reais, acompanhando o movimento no mercado externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos. Às 13h, o dólar avançava 0,89%, a 3,5552 reais na venda, depois de acumular ganhos de 3,29% nas duas semanas anteriores.
“O dólar segue o mercado externo e a perspectiva é que lá fora a moeda norte-americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária e dados mais fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano, ambos na semana passada.
Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda norte-americana.
O dólar também subia ante divisas de países emergentes e exportadores de commodities, como o peso mexicano e rand sul-africano.
Como pano de fundo, os investidores seguiam de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.
O BC vendeu pelo terceiro dia a oferta integral de até 8.900 mil contratos em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,335 bilhão de dólares do total de 5,650 bilhões de dólares que vence em junho.
Se mantiver e vender esse volume diário até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os contratos que vencem no mês que vem e terá colocado o equivalente a 2,8 bilhões de dólares adicionais.