O prefeito de São Paulo, João Doria, afirmou nesta terça-feira que irá descontar o dia dos funcionários públicos municipais que aderirem à greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista na sexta-feira (28).
“Eu não apoio esse movimento. Aliás, eu já disse na Prefeitura de São Paulo, funcionários públicos que participarem vão ter seus pontos cortados. Vão ter que trabalhar e, se não trabalhar, vai ter um dia a menos no seu salário”, disse Doria durante entrevista à Super Rádio AM.
De acordo com a assessoria do prefeito, Doria enviou e-mails aos aos secretários nesta terça-feira para cobrar o corte do ponto dos funcionários. Na sexta-feira, centrais sindicais irão realizar uma greve geral contra as reformas da Previdência e trabalhista.
Segundo o advogado Mauricio Corrêa da Veiga, a determinação de Doria é válida, já que o direito de greve previsto em Constituição não se estende ao setor público.
Doria também se posicionou a favor das mudanças na aposentadoria e na CLT, propostas pelo governo Temer e que tramitam no Congresso para aprovação. Segundo o prefeito, as alterações visam o crescimento do país.
“Entendo que as reformas são importantes, a reforma previdenciária e a reforma trabalhista, exatamente para gerar empregos e melhorar a condição de vida dos brasileiros. Se não fizermos as reformas, o Brasil não cresce, não gera mais empregos e não vai se desenvolver”, disse Doria.