A economia brasileira iniciou o segundo trimestre do ano em expansão. É o que aponta o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que registrou alta de 0,46% em abril na comparação com março. Conhecido como “prévia do BC para o PIB”, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.
Vale destacar que os dados de abril ainda não contabilizam os efeitos da greve dos caminhoneiros, que ocorreu na segunda quinzena de março e levou ao desabastecimento em todo o país.
No primeiro trimestre deste ano, a economia nacional cresceu apenas 0,4% em relação ao três meses anteriores.
Após dois anos de recessão, em 2015 e 2016, a economia voltou a crescer em 2017, com expansão de 1%. Para 2018, governo e mercado começaram o ano prevendo um incremento de 3%. Diante dos fraco desempenho da indústria, comércio e serviços, prejudicados pelo desemprego elevado, as projeções foram reduzidas – a expectativa agora é de um crescimento abaixo de 2%.
Um dos motores desse resultado foi a combinação de inflação e juros baixos, cenário que pode sofrer alterações após a disparada do dólar e a greve dos caminhoneiros.
O IBC-Br incorpora informações sobre o nível de atividade na indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. É também uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país.
O PIB em si é medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa a soma de todas as riquezas produzidas e é o índice oficial de atividade do país. A expectativa dos analistas do mercado financeiro é de que o PIB cresça 1,94% neste ano, segundo dados do último Boletim Focus.