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Economistas já preveem taxa Selic a 7% em 2019

Pressões inflacionárias fracas permitem ao BC esperar mais tempo para elevar os juros

Por Reuters Atualizado em 17 dez 2018, 10h32 - Publicado em 17 dez 2018, 09h54

Os economistas que mais acertam as expectativas na pesquisa Focus passaram a projetar uma taxa básica de juros (Selic) ainda mais baixa em 2019 depois que o Banco Central afastou a possibilidade de uma eventual alta à frente e indicou que vê um quadro mais benigno para a inflação.

O chamado grupo Top-5 do Focus, que entrevista centenas de economistas do mercado, passou a estimar a Selic em 7% no final do próximo ano depois do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do ano. Antes, a estimativa era de de 7,25%. Para 2020, permanece a conta de que a taxa ficará a 8%.

Na semana passada, o BC manteve a Selic no seu piso histórico de 6,5%, reafirmando que o ritmo do crescimento da economia ainda é lento e com baixa inflação. Essa conjuntura, por tanto, prescreve uma política monetária estimulativa, ou seja, com juros mais baixos. Mas excluiu menção de que “esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”.

Os economistas como um todo, entretanto, deixaram inalterado o cenário para a política monetária de acordo com a pesquisa divulgada nesta segunda-feira, vendo a Selic a 7,5% em 2019 e a 8% em 2020.

As pressões inflacionárias fracas no país permitem ao BC esperar mais tempo para elevar os juros. O Focus mostrou que os economistas projetam que o IPCA terminará este ano com alta de 3,71% e o próximo a 4,07%, mantendo as projeções anteriores.

O centro da meta oficial de 2018 é de 4,50%e, para 2019, de 4,25%. A margem de tolerância para ambos os anos é de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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A perspectiva para o dólar no Focus este ano subiu, indo a 3,83 reais de 3,78 reais antes, mas para 2019 permaneceu em 3,80 reais.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa continua sendo de um crescimento de 1,30% este ano, mas a projeção para 2019 melhorou em 0,02 ponto percentual, a 2,55%.

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