Analistas do mercado financeiro revisaram de 1,49% para 1,45% a previsão do produto interno bruto (PIB) para 2019, segundo projeções compiladas pelo Boletim Focus e divulgadas nesta segunda-feira, 13, pelo Banco Central. Foi a 11ª revisão consecutiva para baixo no índice que mede o crescimento da economia brasileira.
Neste ano, os economistas ouvidos pelo BC já chegaram a prever o PIB em 2,57%, na segunda semana do governo Jair Bolsonaro. No fim de 2018, a expectativa para o crescimento da economia em 2019 era de 2,55%.
Porém, desde 6 de março, semanalmente a previsão para o PIB é revista para baixo. O produto interno bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país (ou em determinadas regiões) durante certo período (ano, trimestre).
Para 2020 e 2021, os economistas consultados pelo BC mantiveram a previsão estável em 2,50%.
Inflação e juros
Os outros indicadores que compõem o Boletim Focus ficaram estáveis na semana, de acordo com as projeções do mercado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve a previsão mantida em 4,04% e segue abaixo da meta de inflação estipulada pelo governo, mas dentro da margem de segurança.
Para este ano, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 4,25%. O intervalo de tolerância é de 2,75% a 5,75%, com margem de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo.
A Selic, a taxa básica de juros da economia, foi mantida em 6,5% para o fim deste ano, o menor patamar da história. Desde março do ano passado, a Selic está em 6,5%. O dólar comercial também ficou estável e deve terminar o ano vendido a 3,75 reais.