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Eldorado e JBS são suspeitas de dar R$10 milhões em propina em MS

Segundo investigadores, as empresas participaram da contratação fictícia de maquinário para obter benefícios fiscais do estado

Por Da redação
Atualizado em 12 Maio 2017, 16h39 - Publicado em 12 Maio 2017, 12h48
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  • PF deflagra operação Lama Asfáltica
    Movimentação na sede da Polícia Federal em São Paulo, durante a quarta fase da operação Lama Asfáltica, denominada Máquina de Lama. A investigação tem como objetivo desbaratar organização criminosa que desviou recursos públicos por meio do direcionamento de licitações públicas, superfaturamento de obras públicas, aquisição fictícia ou ilícita de produtos e corrupção de agentes públicos - 11/05/2017 (Marcos Bezerra/Futura Press/Folhapress)

    A Eldorado Celulose e a JBS, empresas controladas pela holding J&F, são suspeitas de envolvimento em esquema para obter incentivos fiscais do governo do estado do Mato Grosso do Sul e teriam pago cerca de 10 milhões de reais em propina. As informações são das investigações da 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, deflagrada na última quinta-feira.

     

    Segundo os investigadores, o total dos valores teria sido pago em 2014 a um grupo criminoso formado por servidores públicos do governo do estado, que concedia, em troca, isenções fiscais às empresas.

    Na manhã da última quinta-feira, a sede da Eldorado, em Três Lagoas (MS), foi alvo de busca e apreensão de documentos da 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, intitulada Operação Máquina de Lama e deflagrada pela Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria-Geral da União (CGU).

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    A JBS foi alvo de outra operação na manhã desta sexta-feira, mas relacionada a outra investigação, que busca apurar se a empresa foi favorecida ilegalmente na concessão de investimentos pelo BNDES.

    Contratos fictícios

    De acordo com as investigações da Operação Lama Asfáltica, a Eldorado e a JBS estariam envolvidas em um esquema de corrupção que reunia empreiteiras e duas empresas locatárias de máquinas de obra rodoviária, Proteco Construções e ASE Participações. O envolvimento das empresas da J&F em um ramo diferente da sua atuação principal, levantou suspeitas.

    Segundo os  investigadores, os contratos eram superfaturados: identificou-se que o número de máquinas contratadas foi superior ao necessário. Também foi verificado que o maquinário era subutilizado, o que deu teria causado desvios de cerca de 125 milhões de reais em recursos públicos. Cerca de 20% do montante retido com os alívios tributários teriam sido pagos aos servidores públicos do governo do estado do Mato Grosso como propina.

    “As investigações começaram com os desvios nas obras públicas. Depois, com análise dos inúmeros contratos, vimos que havia o viés de isenção tributária de algumas empresas como Eldorado e JBS. O fato de elas não terem nenhum negócio nas obras rodoviárias e nenhuma relação com o maquinário chamou atenção e abriu caminhos para a suspeita de fraude nos contratos e pagamento de propina”, afirma o superintendente da Controladoria Regional de Mato Grosso do Sul, José Paulo Barbieri.

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    Segundo o delegado regional da Polícia Federal, Cleo Mazzoti, a ação de quinta-feira na sede da Eldorado envolveu apenas a busca e apreensão de documentos para novas investigações, e nenhum executivo das empresas da holding J&F foi citado.

    Posicionamento

    A produtora de celulose do grupo J&F confirmou que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em suas dependências, disse estar segura de que a questão será esclarecida e afirma que todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade. “A empresa se mantém à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais”, disse, por meio de nota.

    A JBS disse em comunicado que as informações sobre a companhia são públicas e que prestou os esclarecimentos necessários. “A empresa se mantém à disposição das autoridades”, diz trecho do texto.

    (Com Estadão Conteúdo)

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