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Electrolux: Confiança renovada no país

Com quase um século de atuação no Brasil, a sueca amplia investimentos e aposta em novos nichos para manter sua relevância no desafiador mercado brasileiro

Por Felipe Erlich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 out 2025, 06h00

Ao longo de seus 99 anos de presença no Brasil, a Electrolux testemunhou a chegada e a partida de diversas multinacionais que não resistiram às oscilações da economia local. Mesmo diante das carências estruturais do país — um contraste evidente com a estável Suécia, berço da fabricante de eletrodomésticos como geladeiras e lavadoras —, a companhia não apenas consolidou sua operação como se tornou uma das maiores referências do setor. Estimativas internas apontam que a marca detém 30% de participação no mercado brasileiro. Hoje, o país é o segundo mercado da Electrolux no mundo, atrás dos Estados Unidos, e respondeu por uma receita líquida superior a 10 bilhões de reais no último ano e um lucro de quase 800 milhões. Aqui estão algumas das fábricas mais produtivas do grupo, e o Brasil é relevante também na sua estratégia de inovação e design. A receita mundial da companhia se aproxima de 80 bilhões de reais, sustentada por uma combinação de eficiência industrial e adaptação às preferências regionais.

O CEO Leandro Jasiocha: o Brasil se tornou peça-chave para a empresa
O CEO Leandro Jasiocha: o Brasil se tornou peça-chave para a empresa (@leandro jasiocha/Linkedin/.)

Confiante nas perspectivas de longo prazo, a Electrolux está ampliando a aposta no Brasil. A companhia está investindo 700 milhões de reais na construção de um novo complexo industrial em São José dos Pinhais (PR), cuja primeira fase já entrou em operação — trata-se do maior aporte da história do grupo sueco no país. O projeto reforça a estratégia de ampliar a presença da marca no segmento de eletroportáteis, ainda minoritário no portfólio, mas menos sensível aos efeitos de juros elevados. Além de aumentar a capacidade produtiva, o investimento deve consolidar o polo paranaense como um dos principais centros industriais da empresa na América Latina. “Esse movimento faz todo o sentido no momento macroeconômico”, diz Ana Paula Tozzi, presidente da AGR Consultores.

A nova unidade no Paraná terá capacidade para produzir 5 milhões de aparelhos por ano, incluindo liquidificadores, ventiladores e outros eletroportáteis. “Nossa ambição é ocupar a segunda posição entre as marcas do país nesse segmento”, afirma Leandro Jasiocha, presidente da Electrolux para a América Latina. O executivo destaca dois fatores que mais influenciam o desempenho do setor de eletrodomésticos no Brasil: a volatilidade cambial e os juros elevados, velhos conhecidos do empresariado nacional. “A grande vantagem do CEO brasileiro é a flexibilidade e a rapidez na tomada de decisão”, diz.

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Presente em 120 países, a Electrolux enxerga o Brasil com atenção especial por seu tamanho de mercado e potencial de ampliação do consumo. Atualmente, a companhia mantém cinco fábricas em operação, localizadas no Paraná, em São Paulo e na Zona Franca de Manaus. No total, empregam diretamente 7 000 pessoas. O CEO Jasiocha, que começou na empresa como inspetor de qualidade, considera a cultura sueca da Electrolux um diferencial competitivo. Segundo ele, o ambiente de trabalho colaborativo e o respeito às pessoas são valores que fortalecem o engajamento das equipes e ajudam a atrair talentos. Com nova fábrica, investimentos robustos e foco em inovação, a Electrolux reafirma o papel do Brasil como peça-chave em sua estratégia de crescimento global.

Publicado em VEJA, outubro de 2025, edição VEJA Negócios nº 19

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