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Em dia de trégua, Ibovespa sobe e dólar cai de olho em tarifas de Trump

Agentes de mercado digerem anúncio de tarifas de Trump e entendem que republicano busca abrir conversas com países

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2025, 11h57

Em mais um dia de alívio para ativos de risco globalmente, o Ibovespa e o real caminham para um desempenho positivo no acumulado da semana, enquanto investidores digerem a divulgação das tarifas recíprocas do presidente dos EUA, Donald Trump, anunciadas ontem.

Perto das 12h, o dólar à vista tinha queda de 0,7%, a 5,72 reais, enquanto o principal índice da B3 subia 1,1%, aos 126,2 mil pontos.

No pano de fundo, agentes de mercado receberam com certa tranquilidade o anúncio de Trump realizado ontem, por entenderem que a posição do republicano tem muito mais a ver com forçar um diálogo com os países do que propriamente estourar uma guerra comercial. Embora as tensões possam voltar a crescer, diante de um ambiente incerto e volátil envolvendo as decisões de Trump, a avaliação é de que o curtíssimo prazo reserva alívio para os ativos de maior risco.

Se confirmado o desejo de Trump de que o anúncio é muito mais um guia para a equipe comercial e de que as tarifas recíprocas possam, no futuro, serem mais moderadas do que o inicialmente previsto, o espaço para a correção dos ativos é maior, já que o mercado veio precificando o tema há algumas semanas.

Na agenda de indicadores no exterior, os investidores também acompanham dados de vendas no varejo americano, que mostraram uma queda de 0,9% de dezembro a janeiro, para US$ 723 bilhões, abaixo das expectativas. Uma economia mais fraca endossa o menor espaço que o Federal Reserve, o banco central americano, tem de reduzir os juros no país.

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O movimento de melhora na percepção de risco pode ser visto também pelo Índice Dólar, ou DXY, que mede o retorno da moeda americana frente a uma cesta de moedas globais. No começo desta tarde, o indicador tinha queda de 0,57%, a 106,70 pontos. Se a demanda pelo risco prosseguir até o fim da sessão, o Ibovespa deverá acumular uma alta de 1% na semana, enquanto o dólar deve recuar cerca de 1,4%.

No Brasil, a agenda mais leve permite ao Ibovespa seguir em ritmo positivo, enquanto investidores recebem dados do mercado de trabalho do Brasil. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) , divulgada nesta sexta-feira, 14, mostra que 14 estados atingiram os menores patamares de desocupação já registrados. A taxa de desemprego no Brasil recuou para 6,6% em 2024, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação a 2023 (7,8%). A queda foi registrada  em todas as regiões do país e em 22 das 27 unidades da federação.

Embora positivo do ponto de vista macroeconômico, os números sugerem uma atividade ainda forte no Brasil, o que representa menos espaço para uma política monetária flexível por aqui — conforme já esperado pelos investidores.

Outro destaque é a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em evento promovida nesta manhã pela Fiesp, em que o dirigente afirmou que a política tarifária de Trump pode afetar muito mais o México do que o Brasil. “Ainda estamos tentando entender as medidas que serão efetivas e suas repercussões”, disse ele. O discurso se alinha ao do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que chamou as tarifas de Trump sobre o aço e alumínio as decisões de “contraproducentes”, mas afirmou que também depende de estudos para entender o real impacto das medidas.

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