Dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) da China, divulgados nesta segunda-feira 15, indicam a menor taxa de crescimento em um trimestre para o país desde o início de 1992. No período entre abril e junho, a economia do gigante asiático cresceu 6,2%, em relação ao observado em igual período de 2018. Os meses em questão foram marcados por tensão comercial com os Estados Unidos, com anúncios de aumentos de tarifas aos produtos chineses por parte do governo de Donald Trump.
Durante a reunião do G20, no fim de junho, os dois países se reaproximaram economicamente com declarações do presidente americano de que teve um diálogo “excelente” com o líder chinês Xi Jinping e de que não anunciaria novas medidas de proteção às exportações chinesas.
Levando em consideração todo o primeiro semestre de 2019, o PIB chinês aumentou 6,3% – taxa 0,5 ponto percentual menos que no mesmo período do ano anterior. No recorte do primeiro trimestre, a alta foi de 6,4%.
Os resultados estão em linha com as previsões dos analistas, mas constatam mais uma vez que a China continua imersa em processo de desaceleração econômica, embora a ONE tenha afirmado que se trata de uma tendência “geralmente estável, regular e progressiva”.
De toda forma, os níveis de crescimento econômico refletidos nos dados oficiais estão em linha com o alvo traçado por Pequim para este ano, que em vez de ser um número fixo como em vezes anteriores foi estabelecido em uma faixa entre 6% e 6,5%.
A economia chinesa tinha superado as expectativas em 2018, apesar do pessimismo que rodeava uma conjuntura marcada pela desaceleração econômica global, a guerra comercial com os Estados Unidos e outros fatores internos como o enfraquecimento da demanda doméstica.
Em termos nominais, a riqueza total da China no primeiro semestre ficou em 45,09 trilhões de iuanes (cerca de 6,56 trilhões de dólares).
Também foram divulgadas outras estatísticas semestrais como as vendas no varejo, que aumentaram 8,4%; e a produção industrial, que subiu 6%.
(Com EFE e Estadão Conteúdo)