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Embraer tem prejuízo de R$ 669 milhões em 2018

Resultado do ano anterior havia sido lucro de R$ 850,7 milhões; entrega de aeronaves também recua

Por Por redação
Atualizado em 14 mar 2019, 16h25 - Publicado em 14 mar 2019, 10h24

A Embraer divulgou nesta quinta-feira, 14, que encerrou o ano de 2018 com prejuízo líquido atribuído aos acionistas de 669 milhões de reais, após lucro de 850,7 milhões de reais em 2017. A empresa também teve resultados negativos no quarto trimestre de 2018, de 78,1 milhões de reais, após fechar no azul (132 milhões de reais) no mesmo período do ano anterior.

Segundo a empresa, o balanço foi “negativamente impactado por menores resultados operacionais, além de maiores despesas financeiras líquidas”.

Já no critério ajustado, excluindo o imposto de renda e a contribuição social no período, a Embraer contabilizou prejuízo líquido de 29,4 milhões de reais entre outubro e dezembro, ante o resultado positivo em 239,2 milhões um ano antes. Nesse critério, o resultado total de 2018 passou de um lucro ajustado de 995 milhões de reais, em 2017, para um prejuízo de 224,3 milhões de reais.

A entrega de aeronaves também ficou abaixo do número registrado no ano anterior. Em 2018, foram 90 aeronaves comerciais e 91 executivas (64 jatos leves e 27 grandes), frente aos 101 jatos comerciais e 109 executivos em 2017.

Na avaliação da empresa, as entregas de jatos comerciais ficaram dentro da expectativa, enquanto o resultado de aeronaves executivas ficou abaixo do esperado.

As condições do mercado global de jatos executivos, apesar de uma gradual recuperação, continuaram mais lentas do que o esperado. Combinado a isso, o crescente foco da Embraer na melhoria de rentabilidade e preservação de preços, bem como o recente lançamento dos jatos executivos no segmento médio/super-médio, que iniciarão entregas em 2019, levaram a companhia a uma abordagem mais cautelosa para as entregas de jatos executivos em 2018″, informou a empresa.

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Acordo com a Boeing

A empresa brasileira firmou um acordo com a americana Boeing para a criação de uma joint venture – empreendimento conjunto – de aviação comercial no Brasil, avaliada em 5,26 bilhões de dólares (equivalente a 19,7 bilhões de reais). A Boeing deterá 80% da nova empresa e a Embraer, os 20% restantes. 

Os acionistas da fabricante brasileira já aprovaram o acordo, assim como a criação de um segundo empreendimento, uma joint venture para desenvolver novos mercados para o avião KC-390. Sob os termos da parceria proposta, a Embraer deterá 51% das ações da associação e a Boeing, os 49% restantes.

(Com Estadão Conteúdo)

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