Empresários brasileiros e europeus se unem por acordo Mercosul-UE
O presidente Lula recebe nesta segunda-feira, 12, a presidente da Comissão Europeia para tratar da aproximação entre os blocos
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação das Empresas Europeias (BusinessEurope) estão unidas pela celebração do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se reunirá com o presidente Lula nesta segunda-feira, 12, para tratar, entre outros assuntos, da aproximação dos blocos.
Em nota conjunta, a CNI e a BusinessEurope afirmam que “ao estabelecer uma das maiores áreas de livre comércio do mundo que cobriria quase um quarto da economia global e 31% das exportações mundiais de bens”, o acordo proporcionaria “benefícios concretos para ambos os blocos, inclusive no sentido de se atingir a neutralidade climática”.
A UE e o Brasil têm tradicionalmente sido parceiros comerciais importantes. O comércio bilateral atingiu um valor recorde de quase 90,5 bilhões de euros no ano passado. Os investimentos também têm tido fortes laços, com a UE investindo mais de 277 bilhões de euros no Brasil e recebendo cerca de 132 bilhões de euros em investimentos diretos brasileiros, tornando o país o maior investidor latinoamericano na UE.
Apesar dos números, as entidades creem que a relação está “muito abaixo do seu potencial”. “Preocupa-nos que o relacionamento atual – e potencialmente próspero – esteja cada vez mais exposto a grandes desafios globais, como aumentos significativos nos preços de energias, gargalos nas cadeias de suprimentos e atritos geopolíticos que levam o mundo à beira de uma nova onda de protecionismo prejudicial às economias”, diz a nota conjunta. “Diante dessas preocupantes tendências, o Acordo de Associação Mercosul-União Europeia torna-se mais importante do que nunca como uma resposta estratégica, abrangente e sustentada”, completa.