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Energia de sobra: como Macaé combina petróleo e expansão da educação

Município fluminense, campeão do indicador fiscal entre as grande cidades, combina gestão fiscal rigorosa, expansão da educação e força petroleira

Por Leticia Yamakami Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 nov 2025, 06h00

Município fluminense combina gestão fiscal rigorosa, expansão da educação e força da cadeia do petróleo para sustentar ciclos de crescimento mesmo em períodos de crise

Com 246 000 habitantes, o equivalente a 1,5% da população do estado do Rio de Janeiro, Macaé se consolidou nos últimos anos como um dos exemplos mais consistentes de equilíbrio entre responsabilidade fiscal e expansão de políticas voltadas à educação, à geração de empregos e à qualificação profissional. Situado no litoral norte fluminense, o município transformou sua tradicional vocação para o petróleo e o gás em uma plataforma mais ampla de desenvolvimento, mantendo as contas organizadas enquanto amplia oportunidades para a população. A combinação entre gestão eficiente e uma economia fortemente integrada à cadeia de óleo e gás criou um ambiente favorável ao investimento público e privado, permitindo que Macaé seguisse em rota de crescimento mesmo em períodos de instabilidade econômica.

O desempenho aparece de forma clara no ranking elaborado pela Austin Rating. Macaé alcançou o 1º lugar entre os municípios de grande porte na categoria Indicadores Fiscais, o que se deve sobretudo aos avanços em políticas de arrecadação, execução orçamentária, investimentos em saúde e educação e capacidade de pagamento. Nessa última dimensão, o município obteve a melhor posição entre as cidades com mais de 200 000 habitantes — reflexo de planejamento cuidadoso, rigor administrativo e uso eficiente dos recursos disponíveis. A constância nas contas públicas permitiu não apenas estabilidade institucional, mas também a ampliação de serviços essenciais em ritmo compatível com o crescimento populacional.

A Petrobras continua desempenhando papel decisivo na economia local. A Base de Apoio Offshore de Macaé, instalada nos anos 1970, passou por um processo de modernização de 2018 em diante, quando começou a ser transformada em um porto de operações especiais. Passou a atender a demandas de engenharia submarina de ancoragem e oferecer serviços mais complexos, como a operação de terminais oceânicos. A relevância dessa atividade aparece nos números: em 2023, o município foi o terceiro mais beneficiado do país por royalties da extração petrolífera: 1,3 bilhão de reais, segundo a Agência Nacional do Petróleo. Em painel no evento Offshore Week, o prefeito Welberth Rezende (Cidadania) citou o efeito multiplicador desses recursos. “Para mim, o maior legado do setor petroleiro é a empregabilidade”, disse, destacando que a cadeia de óleo e gás impulsiona a qualificação profissional e abre portas para trabalhadores de diferentes áreas.

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Terminal portuário: crescimento com investimentos privados
Terminal portuário: crescimento com investimentos privados (./Divulgação)

Para quem vive em Macaé, esses avanços são visíveis. Kaylane Azevedo, de 22 anos, nascida e criada no município, diz que a movimentação econômica aqueceu o mercado de trabalho. “Os salários estão bons, há pessoas que vêm de outras cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, para trabalhar aqui”, afirma. Ela também observa um movimento de expansão no campo educacional, com mais instituições de ensino, processos seletivos populares e cursos superiores. Estudante de nutrição da UFRJ, Kaylane relata que todas as oportunidades acadêmicas que teve surgiram a partir de políticas que ampliam o acesso ao ensino superior. Na educação básica, o resultado também é expressivo: em 2022, a taxa de escolarização de estudantes de 6 a 14 anos foi de 99,17%, uma das mais altas do estado. Com contas equilibradas, ambiente de negócios saudável e políticas públicas orientadas para resultados, Macaé mostra, na prática, que desenvolvimento e boa gestão sempre andam juntos.

Publicado em VEJA, novembro de 2025, edição VEJA Negócios nº 20

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