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Eneva tem nova proposta pela AES Tietê em disputa que balança o mercado

Oferta considerada hostil pelos controladores criou um conflito com acionistas minoritários e até com o BNDES

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jul 2020, 13h12 - Publicado em 13 jul 2020, 13h07

Uma disputa no setor elétrico está balançando o segmento de energia e sendo acompanhado de perto por todo o mercado financeiro. A Eneva, empresa especializada na geração de energia por meio de termelétricas, realizou uma proposta, rechaçada, pela aquisição da maior parte da AES Tietê, uma outra geradora, mas especializada em renováveis. Agora, conforme VEJA apurou, a Eneva irá encaminhar uma nova proposta, o que deve deixar em ebulição o longo litígio que se anuncia entre o grupo americano que são os controladores da AES Tietê e os acionistas minoritários da empresa.

O embate acontece porque a AES detém mais de 51% das ações ordinárias, o que a torna controladora do capital votante da empresa, mas 24,35% do capital total. Os minoritários, com o apoio do BNDES, que na estrutura detém 28,41% do capital total, mas por meio de ações preferenciais — que não dão poder de voto — buscam criar um novo entendimento que possibilita que seus votos contem para casos de fusão e aquisição. A B3, bolsa de valores de São Paulo, enviou uma carta aos acionistas afirmando que, como a AES Tietê integra o Nível 2 de Governança Corporativa da bolsa, os minoritários têm razão no pleito. Até então, entendia-se que somente empresas listadas no Novo Mercado — que não negocia ações preferenciais, somente ordinárias — tinham essa obrigação. A discussão jurídica será longa.

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Agora, controladores e minoritários, o BNDES em especial, se preparam para a Assembleia Geral Extraordinária que está marcada para o próximo dia 31 e, acredita-se, esta nova proposta da Eneva será colocada em discussão. Outro interessado na contenda é a Eletrobras, que possui 7,94% de participação na AES Tietê e que também tem a vontade de vender sua parte.

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Caso os minoritários saiam vitoriosos dessa discussão, a formulação das estruturas de governança corporativa de empresas listadas na B3 pode mudar.

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