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Entenda o Ibovespa, que aos 51 anos atingiu os 100 mil pontos

Confira como funciona a bolsa de valores brasileira e veja as mudanças dos pregões ao longo dos anos

Por Alessandra Kianek Atualizado em 4 jun 2024, 15h32 - Publicado em 22 mar 2019, 07h02
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  • Nesta semana, o Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, ultrapassou pela primeira vez na história a marca dos 100.000 pontos. A primeira vez que o índice superou o patamar dos seis dígitos foi na segunda-feira, 18, às 14h50, quando foi a 100.038. 

    O índice, criado em janeiro de 1968, acaba de completar 51 anos e continuar a ser o principal indicador de desempenho das ações negociadas no Brasil. Considerado um termômetro do mercado financeiro, ele mostra como está a evolução dos valores das ações de empresas listada na bolsa.

    Fazem parte do Ibovespa 65 papéis e cada um deles tem um peso específico. Entram nessa carteira virtual, os mais representativos da bolsa, e a composição é reavaliada a cada quatro meses. Ele tem como unidade de medida o ponto, que representa simplesmente um valor absoluto da carteira. A partir da valorização e desvalorização dos ativos, essa pontuação vai se alterando ao longo do período.

    Ao todo, 396 ações de empresas estão listadas na B3 atualmente, e 23 índices são calculados e divulgados diariamente, como o Ibovespa, o financeiro, o de sustentabilidade etc.

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    O que é e como funciona a bolsa

    Pode-se explicar a bolsa como um ponto de encontro entre compradores e vendedores de ações das companhias __um local para as pessoas realizarem investimentos. São investidores que querem participar do crescimento das empresas, que querem financiar essas companhias, apostando que elas vão crescer e gerar retornos financeiros.

    “Assim como pode ter crescimento, por diversas questões, os papéis também podem se desvalorizar. Por ser um instrumento de renda variável, ele traz retornos maiores. E todo retorno maior traz um potencial de risco maior. Quanto maior o retorno, maior o risco”, explica Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes no Brasil da B3.

    As mudanças do pregão

    Na década de 1970, o momento da negociação de compra e venda das ações das empresas era chamado de “pregão da pedra”, onde uma pessoa anotava com giz numa lousa gigante as informações de quem queria comprar determinado papel e de quem gostaria de vender, além dos respectivos valores.

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    Com a evolução do mercado, na década de 1980, criou-se o pregão viva-voz, ou seja, os operadores de bancos e corretoras, representando seus clientes, passaram a apregoar as cotações e as ordens de compra e de venda. Quando havia um acordo, o negócio era comunicado à bolsa, que divulgava para todo o mercado.

    Em 30 de setembro de 2005, a bolsa, chamada de Bovespa na época, fez o seu último pregão viva-voz e passou a realizar as operações por sistemas eletrônicos. Segundo Paiva, o que motivou essa mudança do pregão foi a globalização e o desenvolvimento tecnológico. “O comportamento dos investidores foi se alterando ao longo do tempo, passando a demandar informações mais rápidas e mais precisas. Hoje, a pessoa já consegue por meio do celular comprar e vender ações.”

    Com o fim do pregão viva-voz, as corretoras passaram a realizar as negociações em seus escritórios por meio dos sistemas eletrônicos.

    Atualmente, a B3 mantém o espaço onde foram realizados os pregões viva-voz como um lugar para visitação e eventos. Lá há um grande telão com as cotações instantâneas das ações. A lousa de pedra ficou no passado.

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