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Especialista que parou ataque do vírus WannaCry é preso pelo FBI

O pesquisador de segurança cibernética britânico Marcus Hutchins é acusado de lucrar com outro vírus, que rouba dados bancários e de cartão de crédito

Por Da redação
Atualizado em 4 ago 2017, 09h58 - Publicado em 4 ago 2017, 09h38

Um pesquisador de segurança cibernética amplamente reconhecido por ajudar a neutralizar neste ano o ataque global do vírus WannaCry – que “sequestrou” arquivos de milhares de computadores –  foi preso sob acusações de ciberpirataria não relacionadas ao ataque, segundo documentos judiciais divulgados na última quinta-feira.

O especialista britânico em vírus de computadores Marcus Hutchins  foi detido por autoridades do FBI no estado de Nevada, Estados Unidos, na última quarta-feira, segundo informações do Departamento de Justiça americano. A prisão aconteceu dias após sua participação das conferências de segurança cibernética Black Hat e Def Con, em Las Vegas, eventos que tiveram a presença de milhares de hackers. Hutchins  foi o responsável por descobrir, acidentalmente, um comando que “desligou” o vírus globalmente.

O pesquisador, também conhecido como “MalwareTech”, é acusado de anunciar, distribuir e lucrar com códigos do vírus conhecido como Kronos, que rouba credencias bancárias online e dados de cartões de crédito. A atividade alegada ocorreu entre julho de 2014 a julho de 2015, segundo a acusação. O Departamento de Justiça disse que o programa foi usado para roubar as credenciais de sistemas bancários do Canadá, Alemanha, Polônia, França, Reino Unido e outros países.

Hutchins, que enfrenta seis acusações relacionadas ao Kronos, foi acusado junto com outro réu não identificado em 12 de junho, mas o caso permaneceu confidencial até esta quinta-feira, um dia depois de sua prisão.

O pesquisador ficou conhecido dentro da comunidade de segurança cibernética como herói por sua participação na interrupção do ataque do WannaCry, que infectou centenas de milhares de computadores e causou interrupções em fábricas de carros, hospitais, lojas e escolas em mais de 150 países. O virus invadia as máquinas e codificava os arquivos, de forma que não pudessem ser acessados, e exigia o pagamento de um resgate em bitcoins para fazer o desbloqueio.

(Com Reuters)

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